Miocardiopatia isquêmica: uma abordagem diagnóstica e terapêutica baseada em evidências

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017

RESUMO

Resumo A doença arterial coronariana (DAC) associada à disfunção sistólica do ventrículo esquerdo é uma condição relacionada a mau prognóstico. Há uma falta de evidência robusta em muitos aspectos relacionados a essa condição, desde a definição ao tratamento. A cardiomiopatia isquêmica é um espectro que varia de miocárdio atordoado por fibrose miocárdica, passando por miocárdio hibernante, a episódios repetitivos de isquemia. Na prática clínica, a importância do problema é identificar o miocárdio que tem a capacidade de recuperar sua reserva contrátil após revascularização. Métodos para avaliar a integridade celular tendem a ter maior sensibilidade, enquanto os que avaliam a reserva contrátil têm maior especificidade, uma vez que uma maior massa de miócitos viáveis para gerar uma mudança de contratilidade é necessária. Tendo em vista que existem muitos métodos e diferentes formas de detecção de viabilidade, a sensibilidade e a especificidade variam amplamente. O uso da ressonância magnética cardíaca com detecção de realce tardio associada a estresse com dobutamina tem a melhor acurácia na avaliação de viabilidade, além de fornecer importantes preditores de benefício prognóstico com a revascularização, tais como carga de cicatriz, reserva contrátil e índice de volume sistólico final. Finalmente, os autores discutem sobre procedimentos intervencionistas nessa população, com foco na revascularização cirúrgica do miocárdio e na evolução da evidência desde o estudo CASS até os trials da era pós-STICH.

ASSUNTO(S)

doença arterial coronariana insuficiência cardíaca revascularização do miocárdio

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