MINIMAL LIVER ENZYMES ABNORMALITIES AT ADMISSION ARE RELATED TO SEVERE COVID-19 CLINICAL COURSE IN A LARGE BRAZILIAN COHORT

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FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2023

RESUMO

RESUMO Contexto: COVID-19 é uma doença sistêmica que afeta primariamente o sistema respiratório. O comprometimento hepático é frequente, mas seu impacto no curso clínico da doença ainda é controverso. Objetivo: Avaliar na admissão hospitalar a função hepática de pacientes com COVID-19 e correlacioná-la à gravidade e mortalidade da doença. Métodos: Estudo retrospectivo de pacientes admitidos a um hospital terciário no Brasil, com infecção confirmada por SARS-CoV-2 entre abril e outubro de 2020. A coorte foi dividida em pacientes com enzimas normais ou alterada, e avaliados dados demográficos, clínicos, laboratoriais e de imagem, bem como a gravidade clínica e a mortalidade. Os pacientes foram seguidos até a alta ou óbito. Resultados: 1080 de 1229 pacientes tiveram enzimas hepáticas na admissão. A mediana de idade foi de 60 anos e 51,5% eram homens. As comorbidades mais comuns foram hipertensão (51,2%) e diabetes mellitus (31,6%). Doença hepática crônica ou cirrose estiveram presentes em 8,6% e 2,3%, respectivamente. Enzimas normais ou alterada (aminotransferases >40 IU/L) esteve presente em 56,9% [leve (1-2 vezes o normal): 63,9%; moderada (2-5 vezes): 29,8%; acentuada (>5 vezes): 6,3%]. Homens [RR 1,49; P=0,007], bilirubina total elevada [RR 1,18; P<0,001] e doença hepática crônica [RR 1,47, P=0,015] foram preditores de enzimas normais ou alterada na admissão. Pacientes com enzimas normais ou alterada tiveram maior risco de COVID-19 grave [RR 1,19; P=0,004]. Não houve associação entre enzimas normais ou alterada e mortalidade. Conclusão: Enzimas normais ou alterada é comum em pacientes hospitalizados com COVID-19. Mesmo alterações mínimas correlacionam-se de forma independente com a gravidade da doença e podem ser úteis como marcador prognóstico.

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