Minha vida é andar por esse país...: a emigração recente no semiárido setentrional, políticas sociais e meio ambiente

AUTOR(ES)
FONTE

REMHU, Rev. Interdiscip. Mobil. Hum.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

A categoria refugiados ambientais vem sendo utilizada para descrever os deslocamentos populacionais causados por condições climáticas extremas. As estimativas apontam que haverá um aumento significativo dessa modalidade de movimentos nos próximos anos, sobretudo pelo agravamento das condições ambientais decorrentes das mudanças climáticas. Entretanto, há grande controvérsia no que diz respeito ao peso que os fatores ambientais podem ter na decisão migratória. Nesse sentido, o artigo busca trazer uma reflexão sobre a pertinência da categoria refugiado ambiental no contexto da emigração do semiárido setentrional, a região mais castigada pelas secas. Para isso utilizamos os dados oficiais de decreto de Situação de Emergência (SE) e Estado de Calamidade Pública (ECP) e dados do Censo Demográfico 2010 para analisar o perfil e o papel que fatores ambientais e sociais podem ter sobre os emigrantes. Os resultados indicam que a ausência de programas de transferência de renda possui um papel mais importante do que a ocorrência oficial de secas entre os emigrantes dessa região. Assim, embora os resultados mereçam maiores investigações, as evidencias apontam que estratégias que contribuam para uma maior resiliência das pessoas são efetivas para o enfrentamento das secas.

ASSUNTO(S)

emigração semiárido setentrional deslocamentos ambientais políticas sociais

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