Metodologia de curvas envoltórias probabilísticas para a estimação de cheias de projeto em bacias hidrográficas não monitoradas no estado de Minas Gerais

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

As curvas envoltórias regionais têm sido utilizadas desde o início da década de 1920, como meio simples de sintetizar graficamente o regime de vazões de cheias observadas em estações de monitoramento localizadas em uma ou mais regiões geográficas. De maneira geral, as curvas envoltórias de cheias representam o conhecimento disponível no que se refere à produção de vazões máximas por área de drenagem, sintetizando graficamente o regime de extremos hidrométricos em uma determinada região. Em todo o mundo, as curvas envoltórias, mesmo que dependentes das amostras disponíveis, implicando em limites superiores empíricos e passíveis de serem excedidos, tornando complexa a tarefa de atribuição de uma probabilidade de igualdade ou superação às mesmas, vêm sendo utilizadas como um meio simples para a obtenção de estimativas preliminares de vazões de projeto. Recentemente, Castellarin et al. (2005) e Castellarin (2007) introduziram uma interpretação probabilística às curvas envoltórias de cheias, segundo a qual torna-se possível atribuir uma probabilidade de igualdade ou superação ao valor esperado dessa curva traçada para uma determinada região. O método descrito em Castellarin (2007) parte do pressuposto de que a região que contém as estações fluviométricas em estudo é considerada homogênea, no sentido das hipóteses inerentes ao método de regionalização da cheia-índice, e que a distribuição Generalizada de Valores Extremos (GEV) é o modelo distributivo utilizado para a estimação do tempo de retorno associado à curva envoltória, em regiões não instrumentadas com área de drenagem compreendida nos limites dessa curva A presente dissertação de mestrado estende o método proposto por Castellarin (2007) através da estimação dos três parâmetros que descrevem a distribuição GEV, usando o tempo de retorno associado à curva envoltória, estimando assim a curva de freqüência completa para uma determinada região provida ou não de uma rede de monitoramento. Esse procedimento pode ser executado por meio da resolução combinada de um sistema constituído por 3 equações, cujas incógnitas são os parâmetros que descrevem a distribuição GEV. Na seqüência, busca-se a validação do procedimento de elaboração da curva de freqüência completa para qualquer estação pertencente à região pela comparação dos resultados com aqueles obtidos através da aplicação da análise de freqüência regional utilizando os momentos-L.

ASSUNTO(S)

engenharia sanitária teses.

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