Método de dinamometria isocinética para diagnóstico complementar na osteíte púbica asséptica não traumática

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A descoberta de patologias enfrenta longa jornada de acertos e erros para finalmente atingir a maneira mais correta de tratamento. Talvez o entendimento para conhecer a patofisiologia seja o caminho mais difícil e mais importante visando sua cura. A Osteíte Púbica na atualidade interroga os profissionais da saúde fazendo-os buscar diferentes formas de tratamento para que haja um retorno funcional e no menor tempo possível. O presente estudo investigou os desequilíbrios da musculatura adutora e abdutora de quadris em sujeitos com diagnóstico de Osteíte Púbica confirmado clinicamente e por meio de exame de imagem. O grupo com osteíte púbica denominado grupo paciente (n= 45) foi comparado com um grupo controle (n= 15), sujeitos estes integrantes do Exército Brasileiro, sem qualquer tipo de lesão em pelve e membros inferiores. Analisou-se o torque e o trabalho da musculatura adutora e abdutora de quadril com um dinamômetro isocinético. Foi estabelecido um protocolo de avaliação para o grupo controle e para o grupo paciente. Identificou-se como principal resultado, desequilíbrio da musculatura abdutora e adutora de quadris na qualidade de pico de torque 60/s: Grupo Controle, Membro Dominante= 84,4%, 13,55; p= 0,001; Membro não Dominante= 87,9%, 11,59; p= 0,001; Grupo Paciente, Membro Envolvido= 127,7%, 46,12; p= 0,001; Membro não Envolvido= 118,5%, 42,04; p= 0,005; Membro Dominante= 126,1%, 41,80; p= 0,000; Membro não Dominante= 118,1%, 46,26; p= 0,012. Percebeu-se que a irradiação de dor tende a direcionar-se mais ao membro não dominante. Muitos aspectos corroboraram com a literatura, principalmente no que se refere à incidência e a forma de surgimento. Mostrou-se, por meio de um grupo controle, que a musculatura adutora dos sujeitos com a patologia encontra-se com momento máximo inferior ao do controle e de dados normativos da literatura. Os resultados da presente pesquisa sugerem que o pico de torque e trabalho total, avaliados por meio da dinamometria isocinética, podem ser utilizados como uma ferramenta auxiliar no diagnóstico de pacientes com osteíte púbica.

ASSUNTO(S)

engenharia medica osteíte instrumentos e aparelhos médicos sistema musculosquelético - doenças - diagnóstico

Documentos Relacionados