Metabolismo glicidico em musculo soleo isolado de ratos : efeitos do oleato sobre a desnutrição proteica e do treinamento fisico na recuperação nutricional

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

Mais do que a simples reposição dos estoques energéticos, a recuperação nutricional deve restaurar a funcionalidade orgânica, com a mobilização normal dos substratos energéticos. O principal objetivo desse estudo foi verificar o efeito dos ácidos graxos livres na desnutrição e do treinamento físico na recuperação nutricional no que se refere ao fluxo glicolítico de ratos. O experimento foi realizado em duas partes: na primeira, os animais foram separados em dois grupos: D, alimentados com uma dieta contendo baixo teor protéico (6%) do desmame aos 60 dias de idade e C, animais alimentados com dieta normoprotéica (17%) no mesmo período. Do 61Q ao 10_ dia de idade, os ratos foram novamente separados em dois grupos: C - ratos que foram sempre alimentados com a dieta normoprotéica e R - animais alimentados com a dieta hipoprotéica do desmame aos 60 dias, passando então a receber a dieta a 17% de proteína. C e R foram ainda subdivididos em sedentários (8) e treinados (T - natação 1 h/dia, 5 dias/semana, com carga equivalente a 5% do peso corporal). Ao final de cada uma das etapas, fatias de músculos sóleos (25-35 mg) foram incubadas em frascos contendo Krebs-Ringer bicarbonato com [3H]-2-deoxyglucose (0.5 _Ci/ml), [U_14C]glucose (25 _Ci/ml) e insulina para a determinação da captação de glicose e síntese de glicogênio. Na primeira fase, as fatias dos sóleos de ratos C e D foram ainda incubadas em meio com (P) e sem (N) oleato (0.8 mM), formando quatro grupos: CN ,CP, DN e DP. Após 60 minutos de incubação. a concentração de lactato foi determinada no meio. Todos os resultados foram expressos em /lmol.g-1.h-1. Na primeira fase, não foram observadas alterações na captação de glicose entre os grupos (CN=19.60 + 1.34; CP=21.19 + 1.15; DN=19.13 + 1.09; DP=18.45 + 1.03). Os animais desnutridos apresentaram menor síntese de glicogênio muscular, independente da presença ou não de AGL (CN=3.12 + 0.18; CP=3.42 + 0.22; N=2.29 + 0.22; DP=2.04+ 0.24). No meio N, a produção de lactato foi maior nos animais D do que nos C. Entretanto, ambos os grupos apresentaram menores concentrações no meio com AGL que os respectivos resultados das fatias musculares no meio N (CN=37.10+1.85; CP=19.36+ 1.91; DN=61.03+ 6.00; DP=25.32 + 2.24). Na segunda fase, os ratos I captaram mais glicose que os animais sedentários, com valores inferiores nos ratos R em relação aos C. (CS=29.91+1.10, CT=34.14+1.52, RS=25.88+1.28, RT=29.53+1.00). A síntese de glicogênio na incubação foi similar nos quatro grupos (CS=2.71+O.26, TC=3. 1 O:tO. 18, RS=2.42+O.14, RT=3.07+ O.26), mas os ratos CT apresentaram maior produção de lactato (15.22+O.66) em ralção aos ratos CS (12.29+O.67). Não houveram diferenças entre a produção de lactato entre os grupos RS (16.78+1.04) e RT (15.95 + 0.75), mas a concentração de lactato foi maior nos RS do que nos CS. Nossos resultados sugerem que a desnutrição leva a alterações no fluxo glicolítico, o qual não é totalmente restabelecido com a recuperação nutricional utilizada em nosso modelo. O treinamento físico parece melhorar a recuperação nutricional

ASSUNTO(S)

rato como animal de laboratorio glicogenio glicose desnutrição

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