Mensuração da fadiga com múltiplos instrumentos em uma coorte brasileira de pacientes com artrite reumatoide em fase inicial
AUTOR(ES)
Diniz, Leonardo Rios, Balsamo, Sandor, Souza, Talita Yokoy de, Muniz, Luciana Feitosa, Martins, Wagner Rodrigues, Mota, Licia Maria Henrique da
FONTE
Rev. Bras. Reumatol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-10
RESUMO
Resumo Objetivo: Avaliar a prevalência de fadiga em uma coorte brasileira de pacientes com artrite reumatoide em fase inicial com múltiplos instrumentos e os preditores desses instrumentos de acordo com diferentes variáveis independentes. Métodos: Estudo transversal com entrevista direta e revisão de prontuários. A fadiga, a variável dependente, foi avaliada por meio de oito instrumentos: Profile of Mood States (POMS), Multidimensional Assessment of Fatigue Scale (MAF), Fatigue Severity Scale (FSS), Bristol Rheumatoid Arthritis Fatigue Multidimensional Questionnaire (BRAF-MDQ), Numerical Rating Scales (BRAF-NRS), Short-form Survey 36 (SF-36), Functional Assessment of Chronic Illness Therapy Fatigue Scale (Facit-F) e Escala Visual Analógica de fadiga (VASf). Variáveis independentes: mensuraram-se dados sociodemográficos, clínicos e sorológicos por meio da análise de prontuários e entrevista direta. A incapacidade e a atividade da doença foram avaliadas com o Health Assessment Questionnaire (HAQ). A atividade da doença foi avaliada com o Disease Activity Score 28 joints (DAS-28). As pontuações das escalas mostraram o nível de fadiga e usou-se o método de regressão linear múltipla na análise estatística para demonstrar os modelos de predição. Resultados: Avaliaram-se 80 pacientes; 57 relataram fadiga clinicamente relevante (VASf > 2), representaram uma prevalência de 71,25% (51 mulheres [89,5%], média de 48,35 ± 15 anos e duração média da doença de 4,92 ± 3,8 anos). Oito modelos preditivos mostraram significância estatística, um para cada instrumento de fadiga. O maior coeficiente de determinação (R2) foi de 56% para o SF-36 e o menor (R2 = 21%) foi para a FSS. O HAQ foi a única variável independente que predisse a fadiga em todos os instrumentos. Conclusão: A fadiga clinicamente relevante é um sintoma altamente prevalente e é principalmente predita pela incapacidade e idade na população avaliada.
ASSUNTO(S)
incapacidade fadiga artrite reumatoide
Documentos Relacionados
- Avaliação prospectiva da qualidade de vida em uma coorte de pacientes com artrite reumatoide inicial
- Vacinação em pacientes da Coorte Brasília de artrite reumatoide inicial
- Características demográficas e clínicas de uma coorte de pacientes com artrite reumatoide inicial
- Prática de atividade física entre pacientes da Coorte Brasília de artrite reumatoide inicial
- Prevalência de disfunção sexual entre pacientes acompanhadas na coorte Brasília de artrite reumatoide inicial