Menor prevalência e maior gravidade da asma em clima quente e seco

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

Resumo Objetivo: Estimar a prevalência, a gravidade e os fatores associados à asma em adolescentes que vivem em uma região de baixa umidade relativa do ar. Métodos: Estudo transversal em adolescentes de 13 e 14 anos do semiárido brasileiro. Os participantes responderam ao questionário International Study of Asthma and Allergies in Childhood (Isaac). As variáveis explanatórias do estudo foram sexo, renda familiar, escolaridade da mãe, fumante na residência, antecedente de asma nos genitores, antecedentes de rinite alérgica, dermatite atópica e nível de atividade física. A análise de regressão de Poisson foi usada para avaliar a associação entre a asma e as variáveis explanatórias. Resultados: Participaram da pesquisa 1.591 adolescentes, 49,7% do sexo masculino. As prevalências para asma em atividade, asma grave e diagnóstico médico de asma foram de 14%, 10,4% e 17,8%, respectivamente. Adolescentes asmáticos faltaram mais às aulas do que seus pares (33 vs. 22 aulas/ano; p < 0,03). Fatores associados que permaneceram significantes após ajuste foram antecedentes de asma nos genitores (RP = 2,65, p < 0,001), rinite alérgica (RP = 1,96, p < 0,001) e/ou dermatite atópica (RP = 2,18, p < 0,001). Conclusão: Neste ambiente de baixa umidade foram observadas menor prevalência, mas maior gravidade da asma do que aquelas relatadas em outras cidades brasileiras. O clima seco talvez possa dificultar o controle da doença e isso pode ter contribuído para o maior absenteísmo escolar nos doentes. A associação entre rinite alérgica, dermatite atópica e antecedentes de asma nos genitores sugere que a atopia é importante fator de risco para a asma nesta população.

ASSUNTO(S)

asma fatores de risco rinite alérgica adolescente epidemiologia prevalência

Documentos Relacionados