MENINO, GURI OU PIÁ? UM ESTUDO DIATÓPICO NAS REGIÕES CENTRO-OESTE, SUDESTE E SUL A PARTIR DOS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL

AUTOR(ES)
FONTE

Alfa, rev. linguíst. (São José Rio Preto)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Este trabalho utiliza como corpus de análise os dados coletados pela equipe do Projeto Atlas Linguístico do Brasil em três regiões: Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Os dados referem-se às cidades do interior e às capitais de cada estado, coletados junto a informantes selecionados segundo o perfil estabelecido. Nesta oportunidade, objetiva-se discutir a distribuição diatópica das variantes lexicais para a questão 132 - "Criança pequenininha, a gente diz que é bebê. E quando ela tem de 5 a 10 anos, do sexo masculino?" - do Questionário Semântico-Lexical (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALIB, 2001). A metodologia utilizada envolveu análises descritivas e inferenciais pertinentes ao estudo. Para tanto, oito hipóteses foram testadas no sentido de averiguar o comportamento e a distribuição diatópica das cinco variantes mais produtivas no conjunto de respostas. Os principais resultados observados indicam que as variantes apresentam comportamento distinto nas três regiões: (i) a variante "menino" apresenta distribuição homogênea nos dez estados; (ii) as formas lexicais "guri" e "piá" possuem distribuição heterogênea na região Sul; (iii) as variantes de etimologia indígena ("guri" e "piá") são mais representativas nas regiões Sul e Centro-Oeste; (iv) há uma maior representatividade da variante "moleque" (étimo africano) na região Sudeste, principalmente em São Paulo e Minas Gerais.

ASSUNTO(S)

projeto alib dialetologia variantes lexicais

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