Memórias em construção: o presente e o passado da ditadura militar chilena representados no Museo de la Memoria y los Derechos Humanos

AUTOR(ES)
FONTE

Horiz. antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/04/2019

RESUMO

Resumo Nos últimos vinte cinco anos, nos países do Cone Sul, o debate sobre as formas de recordação sobre o passado ditatorial incluiu um vasto processo de memorialização caracterizado pela construção de espaços museológicos que recordam as violações dos direitos humanos perpetrados pela ditadura civil-militar. Grande parte da revitalização e construção desses espaços foi liderada por alguns setores da sociedade civil, que ergueram monumentos e memoriais em homenagem às vítimas, e também recuperaram antigos centros de tortura transformando-os em espaços museológicos. Nesse contexto marcado por conflitos e negociações, o patrimônio assume diversas formas e funções, ora é configurado como prolongamento do poder e violência, ora como representação de um caminho de reparação e reconciliação. Buscando compreender o movimento de mobilização desse passado no presente, este artigo pretende fazer uma análise da obra Geometría de la conciencia, de Alfredo Jaar, e da exposição permanente do Museo de la Memoria y los Derechos Humanos, no Chile, instituição fruto da iniciativa governamental e civil, tendo como foco a análise de dois eixos específicos: a memória da repressão e o lugar das vítimas da ditadura militar chilena.Abstract In the last twenty-five years, in the Southern Cone countries, the debate over the forms of remembrance of the dictatorial past included a vast process of memorization characterized by the construction of museum spaces that recall the human rights violations perpetrated by the military civilian dictatorship. Much of the revitalization and construction of these spaces was led by some sectors of civil society, who erected monuments and memorials in honor of the victims, and also recovered old torture centers turning them into museological spaces. In this context marked by conflicts and negotiations, the patrimony assumes diverse forms and functions, sometimes it is configured as an extension of power and violence, sometimes as a representation of a path of reparation and reconciliation. Seeking to understand the mobilization movement of this past in the present, this article intends to make an analysis of the work Geometría de la conciencia, by Alfredo Jaar, and the permanent exhibition of the Museo de la Memoria y los Derechos Humanos, in Chile, an institution resulting from the governmental and civil initiative, focusing on the analysis of two specific axes: the memory of repression and the place of the victims of the Chilean military dictatorship.

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