Melhoramento de milho para eficiência no uso de nitrogênio / Maize breeding for nitrogen efficiency use

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Os objetivos foram determinar o controle genético da eficiência no uso de nitrogênio em ambientes com e sem estresses de nitrogênio; avaliar os efeitos do estresse de nitrogênio nas estimativas de capacidade geral e específica de combinação; identificar o controle genético de características agronômicas de cultivares de milho em ambientes contrastantes quanto à aplicação de nitrogênio e fósforo; predizer os ganhos esperados com um ciclo de seleção entre famílias de meio irmãos da população de milho UFV 8 em ambientes com e sem estresse de nitrogênio. Para isso, foram avaliados, nas safras de 2003/04 e 2004/05, combinações híbridas entre oito cultivares de milho e um ciclo de seleção entre famílias de meio irmãos da população de milho UFV 8, respectivamente. Os ensaios foram conduzidos na Estação Experimental de Coimbra, MG. Na safra de 2003/04, foram instalados dois ensaios, o primeiro com alto ou baixo nitrogênio e o segundo com combinações de altos e baixos nitrogênio e fósforo. Em 2004/05, o ciclo de seleção foi realizado com e sem estresse de nitrogênio. No primeiro ensaio de 2003/04, para a produtividade de grãos, (PG) na ausência de estresse, foram verificadas significâncias para capacidade geral de combinação (CGC) e capacidade especifica de combinação (CEC). Em estresse, não houve efeito significativo. Quanto à eficiência de absorção de nitrogênio (EAbN), no ambiente sem estresse verificou-se efeitos significativos tanto para CGC quanto para a CEC e em estresse apenas para a CGC. Para a eficiência de utilização de nitrogênio (EUtN), em ambos ambientes, a CGC e CEC não apresentaram significância. Para eficiência no uso de nitrogênio (EUN), verificou significância para CGC e CEC apenas na ausência de estresse. No segundo ensaio 2003/04, verificou-se que o sinal da correlação genética das características secundárias com a PG, não diferiu entre os ambientes de alto e baixo N considerando baixo P. No entanto, as correlações tiveram alteração no sinal entre os ambientes de alto e baixo P. Em alto P, a CGC foi significativa para PG apenas em alto N, mostrando que para essa característica os efeitos genéticos aditivos foram diferenciados entre os ambientes com e sem estresse de nitrogênio, comportamento distinto do ocorrido em baixo P, onde a CGC apresentou significância tanto em alto quanto em baixo N. Na safra de 2004/05, verificou-se que as correlações genéticas das características estande final, prolificidade e peso volumétrico com a produtividade de grãos tiveram sinais opostos entre os ambientes. As herdabilidades para produtividade de grãos, estande final, alturas de planta e espiga sofreram reduções em baixo N. A variabilidade genética entre as famílias de meio-irmãos da população UFV 8 foi menor no ambiente em estresse. Os ganhos preditos com a seleção de 10% das melhores famílias de meio-irmãos foram diferenciados entre os ambientes. O efeito do estresse de nitrogênio nas famílias selecionadas em alto N foi maior em relação ao efeito do estresse nas famílias selecionadas em baixo N. Conclui-se que o controle genético da eficiência no uso de nitrogênio varia com a disponibilidade de nitrogênio; as inter-relações entre nitrogênio e fósforo influenciam no controle genético da produtividade de grãos e as correlações genéticas das características secundárias com a PG; as estimativas de ganhos preditos, parâmetros genéticos e a variabilidade genotípica são influenciados pelo estresse de nitrogênio e o ganho esperado é menor em ambientes com estresse de nitrogênio.

ASSUNTO(S)

milho melhoramento vegetal breeding melhoramento maize estresse abiótico abiotic stress

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