Melanoma cutâneo: estudo epidemiológico de 30 anos em cidade do sul do Brasil, de 1980-2009

AUTOR(ES)
FONTE

Anais Brasileiros de Dermatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-10

RESUMO

FUNDAMENTOS: A incidência do melanoma e a mortalidade pela doença aumentaram nos últimos 30 anos na população caucasiana. No Brasil, dados em municípios não-capitais são escassos, necessitando de estudos epidemiológicos. OBJETIVOS: Avaliar a incidência e classificar melanomas cutâneos em Blumenau de 1980 a 2009. MÉTODO: Foram coletadas informações de 1.002 exames histopatológicos de indivíduos de Blumenau, considerando sexo, idade, localização primária, tipo histológico, nível de invasão (Clark) e espessura tumoral (Breslow). Os coeficientes de incidência anuais brutos e ajustados foram calculados utilizandose o número de melanomas e a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre 1980 e 2009. RESULTADOS: As taxas de incidência do melanoma atingiram 22,4 casos/100.000 habitantes/ano, 31,5 nas mulheres e 30,4 nos homens na taxa ajustada. As taxas de incidência padronizadas por década, faixa etária e sexo atingiram 141 casos em homens e 103 no sexo feminino por 100.000 habitantes/ano entre 65 a 69 anos. O melanoma disseminativo superficial aconteceu em 53% dos casos, seguido do melanoma nodular com 37%, e a principal localização foi no tronco (47%). Os diagnósticos precoces atingiram 62,5% com Breslow < 1 mm. CONCLUSÃO: A incidência do melanoma maligno aumentou em cinco vezes entre 1980 e 2009 e o diagnóstico precoce aumentou 151% como resultado da prevenção primária.

ASSUNTO(S)

detecção precoce de câncer diagnóstico precoce epidemiologia melanoma morbidade

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