Medida da ciclotorção em cirurgia refrativa a laser
AUTOR(ES)
Lucena, Abrahão Rocha, Mota, Jório Almino de Alencar Arrais, Lucena, Descartes Rolim de, Ferreira, Sabine de Lucena Martins, Andrade, Newton Leitão de
FONTE
Arq. Bras. Oftalmol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
OBJETIVO: Verificar a presença de ciclotorção em olhos submetidos à cirurgia refrativa a laser. MÉTODOS: Realizou-se um estudo observacional comparativo, feito pela avaliação dos prontuários de 61 indivíduos (104 olhos) submetidos à cirurgia refrativa a laser, para comparar a orientação do astigmatismo ocular na posição sentada e em decúbito dorsal. Foram computados 37,5% de homens com idade variando de 20 a 54 anos, com mediana de 29 anos. O menor grau de astigmatismo avaliado foi de -0,75 e o maior de -6,50, com média de -3,06 ± 1,16 dioptrias cilíndricas (DC). A captação da orientação (eixo) do astigmatismo foi feita no primeiro momento (sentado) pelo aparelho ORK-CAM da empresa Schwind. Em um segundo momento (decúbito dorsal), na sala de cirurgia, o eixo foi captado pela câmera do próprio laser (Schwind Amaris®) para então comparar o eixo nos dois momentos. A inciclotorção foi identificada por um sinal negativo (-) e a exciclotorção por um sinal positivo (+). RESULTADOS: A exciclotorção máxima foi de +7,7 e a inciclotorção máxima de -11,0 graus. A média de torção (exciclo ou inciclo) foi de 2,74 (56,7%), com desvio padrão de 2,30 graus. Não houve variação estatisticamente significativa (p=0,985) no eixo do astigmatismo entre os indivíduos sentados versus decúbito dorsal. CONCLUSÃO: Houve ciclotorção clinicamente significativa em 36,5% dos olhos submetidos à cirurgia refrativa a laser.
ASSUNTO(S)
astigmatismo procedimentos cirúrgicos refrativos anormalidade torcional ceratomileuse assistida por excimer laser in situ movimentos oculares rotação ocular