Médicos de família encaminham menos? Impacto da formação em MFC no percentual de encaminhamentos da Atenção Primária
AUTOR(ES)
Rebolho, Ricardo Collar; Poli Neto, Paulo; Pedebôs, Lucas Alexandre; Garcia, Leandro Pereira; Vidor, Ana Cristina
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-04
RESUMO
Resumo O objetivo deste artigo é medir o impacto da formação em medicina de família e comunidade no percentual de encaminhamentos a partir da atenção primária. Estudo transversal descritivo de 375.645 consultas e 34.776 encaminhamentos realizadas por 123 médicos da atenção primária no ano de 2016 relacionando o percentual de encaminhamentos com características dos médicos (sexo, idade, formação em MFC), dos pacientes (sexo e idade) e do serviço (população pelo IBGE e população ativa). A formação em MFC por meio de residência médica apresentou uma significativa redução no percentual de encaminhamentos a partir da atenção primária (2,86%), IC:(1,55;4,17), p < 0,0001. Essa redução manteve-se na análise multivariada mesmo ajustando-se para todas as possíveis variáveis confundidoras. Não houve diferença na comparação do percentual de encaminhamentos entre médicos sem formação em MFC e médicos com titulação em MFC. Na análise das especialidades para as quais foram realizados os encaminhamentos, os médicos com residência em MFC encaminharam menos para ginecologia, psiquiatria e pediatria e mais para oftalmologia. O estudo mostrou que a formação em MFC por meio de residência médica acarretou significativa redução no percentual de encaminhamentos a partir da atenção primária.
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