Medicamentos genéricos no Brasil: conhecidos por muitos, usados por poucos
AUTOR(ES)
Bertoldi, Andréa D., Barros, Aluísio J. D., Hallal, Pedro C.
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-12
RESUMO
Este estudo avaliou o conhecimento e utilização de medicamentos genéricos em uma amostra populacional de adultos de uma cidade no sul do Brasil. Os desfechos foram: proporção de genéricos sobre o total de medicamentos usados; conhecimento teórico e prático sobre medicamentos genéricos; estratégias usadas para compra de medicamentos com prescrição médica. O período recordatório para uso de medicamentos foi de 15 dias. A proporção de genéricos no total de medicamentos foi de 3,9%. Enquanto 86,0% sabiam que o preço dos genéricos era menor e 70,0% que a qualidade era equivalente aos medicamentos de marca, apenas 57,0% conheciam alguma característica da embalagem que diferencia os genéricos de outros medicamentos. A maior proporção de uso de genéricos foi encontrada no grupo farmacológico dos antimicrobianos. Um medicamento de marca (com nome comercial semelhante ao genérico) foi erroneamente classificado como genérico através de fotos por 48,0% das pessoas. Entre os indivíduos que compraram medicamentos no período de 15 dias, 18,9% relataram comprar um genérico, mas esse resultado deve ser interpretado com cautela, pois freqüentemente a população não consegue diferenciar os genéricos dos demais medicamentos.
ASSUNTO(S)
farmacoepidemiologia custos de medicamentos uso de medicamentos medicamentos genéricos políticas de saúde
Documentos Relacionados
- Medicamentos genéricos no Brasil: impactos das políticas públicas sobre a indústria nacional
- Análise econômica dos medicamentos genéricos no Brasil
- Percepção dos executivos sobre os medicamentos genéricos no Brasil: um estudo em dez empresas do setor
- Rede de pesquisadores de finanças no Brasil: um mundo pequeno feito por poucos
- Critérios de Beers-Fick e medicamentos genéricos no Brasil