Medicalização: uma crítica (im)pertinente? Introdução
AUTOR(ES)
Carvalho, Sérgio R., Rodrigues, Camila de O., Costa, Fabrício D. da, Andrade, Henrique S.
FONTE
Physis
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-12
RESUMO
No artigo, interrogamos o conceito de medicalização, explorando as possibilidades abertas pelos escritos de Michel Foucault. A partir desse referencial, buscamos analisar a Medicina enquanto uma estratégia de saber e poder que responde a múltiplos e variados interesses em disputa no campo social. Realizamos breve levantamento sobre algumas concepções centrais concernentes à tradição crítica do fenômeno da medicalização e procuramos, sob a influência dos estudos arqueogenealógicos foucaultianos, repensar algumas dessas afirmações. Dialogamos, complementarmente, com autores que vêm realizando, no Brasil e no exterior, um esforço de reflexão crítica sobre a medicalização, discutindo, entre outros, o uso genérico do conceito, seu caráter produtivo, a inexistência de um sentido a priori e a atualização do fenômeno nos dias atuais através da proposição do conceito de biomedicalização. Concluímos destacando a existência de uma multiplicidade de leituras e formulações sobre o conceito de medicalização, reconhecendo no interior dessas vertentes de conhecimento fortalezas e fragilidades que devem ser amplamente discutidas e analisadas, buscando maior precisão teórica, necessária para se evitar equívocos e potencializar o uso do conceito.
ASSUNTO(S)
medicalização foucault genealogia biopolítica saúde coletiva
Documentos Relacionados
- O (im)próprio e o (im)pertinente na apropriação das práticas sociais
- População em situação de rua: Expressão (im)pertinente da “questão social”
- Sobre algumas (im)precisões de uma crítica fundamental à medicalização
- 3. Medicalização: incluir ou excluir
- Judicialização da saúde e medicalização: uma análise das orientações do Conselho Nacional de Justiça