Medicalização social e medicina alternativa e complementar: pluralização terapêutica do Sistema Único de Saúde
AUTOR(ES)
Tesser, Charles Dalcanale, Barros, Nelson Filice de
FONTE
Revista de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-10
RESUMO
A medicalização social transforma a cultura, diminui o manejo autônomo de parte dos problemas de saúde e gera excessiva demanda ao Sistema Único de Saúde. Uma alternativa à medicalização social no âmbito da atenção à saúde é a pluralização terapêutica das instituições de saúde, ou seja, a valorização e o oferecimento de práticas e medicinas alternativas e complementares. O objetivo do artigo foi analisar potencialidades e dificuldades de práticas e medicinas alternativas e complementares a partir de experiências clínico-institucionais e da literatura especializada. Conclui-se que tal estratégia tem um limitado potencial "desmedicalizante" e deve ser assumida pelo Sistema Único de Saúde. Ressalta-se ainda que devem ser observadas a hegemonia político-epistemológica da Biociência e a disputa mercadológica atual no campo da saúde, cuja tendência é transformar qualquer saber/prática estruturado do processo saúde-doença em mercadorias ou procedimentos a serem consumidos, reforçando a heteronomia e a medicalização.
ASSUNTO(S)
medicina social necessidades e demandas de serviços de saúde terapias complementares sistema Único de saúde serviços de saúde conhecimentos, atitudes e prática em saúde
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