Matriciamento da atenÃÃo em Planejamento Familiar de mulheres portadoras de transtorno mental / Matrices of care in Family Planning for women with mental disorder

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/02/2011

RESUMO

Na lÃgica da Reforma PsiquiÃtrica, mulheres portadoras de transtorno mental devem ter acesso à atenÃÃo bÃsica no campo do Planejamento Familiar (PF). Desta forma, estabeleceu-se a tese de que o matriciamento à uma estratÃgia que favorece a promoÃÃo do PF de mulheres com transtorno mental pelas equipes da EstratÃgia SaÃde da FamÃlia (ESF). Objetivou-se analisar o matriciamento como estratÃgia para efetivar o planejamento familiar de mulheres portadoras de transtorno mental; identificar condutas de enfermeiros e de mÃdicos frente Ãs demandas de planejamento familiar de mulheres com transtorno mental na atenÃÃo bÃsica, bem como possÃveis fatores que interfiram no atendimento neste nÃvel de atenÃÃo; verificar percepÃÃes da equipe de saÃde do CAPS a respeito de demandas de mulheres portadoras de transtorno mental no campo do planejamento familiar; e investigar contribuiÃÃes de profissionais dos CSF e do CAPS que venham a favorecer o atendimento ao planejamento familiar de mulheres com transtorno mental no sistema de saÃde. Estudo do tipo descritivo-exploratÃrio e convergente assistencial, desenvolvido em onze CSF e um CAPS de Fortaleza-CE. A coleta de dados ocorreu em duas etapas. Na primeira, ocorreram entrevistas com 42 profissionais (enfermeiros e mÃdicos) dos CSF e com 8 profissionais do CAPS; e na segunda houve o exercÃcio do matriciamento. Os dados foram organizados no SPSS e pela tÃcnica de anÃlise de conteÃdo de Bardin. Parte das condutas profissionais nos CSF mostrou-se adequadas: importÃncia à atenÃÃo ao PF, preocupaÃÃo com interaÃÃo medicamentosa e com cuidado materno; indicaÃÃo de MÃtodos Anticoncepcionais (MAC) que nÃo exija controle feminino; corresponsabilidade do parceiro no PF; vigilÃncia ao abuso sexual; atendimento sem discriminaÃÃo; e inadequadas: atendimento restrito ao quadro psicopatolÃgico, conduta inadequada ao PF de portadora de esquizofrenia. Os fatores a interferir nas condutas profissionais foram restrita variedade de MAC; rotina de prescriÃÃo mÃdica do anticoncepcional hormonal, inseguranÃa tÃcnica para atender aos casos. As demandas de PF apresentadas pelos profissionais do CAPS foram: lidar com a paciente sexualmente ativa; com pacientes susceptÃveis à violÃncia sexual e à gravidez; pacientes com depressÃo e que fazem uso de carbonato de lÃtio. ContribuiÃÃes dos participantes incluÃram: reduÃÃo do nÃmero de famÃlias por equipe da ESF; nÃmero suficiente de agentes comunitÃrios; capacitaÃÃo dos profissionais em saÃde mental; disponibilizaÃÃo dos MAC; apoio matricial; envolvimento da famÃlia; administraÃÃo supervisionada dos contraceptivos. O exercÃcio de matriciamento ocorreu por meio de duas reuniÃes: na primeira foram apresentados os resultados da pesquisa; e na segunda, por meio, de um caso clÃnico, os participantes discutiram seis aspectos para a efetivaÃÃo do PF de mulheres portadoras de transtorno mental: integraÃÃo equipes dos CSF e do CAPS; levantamento dos aspectos reprodutivos e sexuais na histÃria clÃnica inicial; encaminhamento da paciente com descriÃÃo detalhada; intervenÃÃo mÃdica conjunta dos CSF e do CAPS na prescriÃÃo de MAC e anticonvulsivantes; apresentaÃÃo das pacientes para os novos profissionais, no caso de troca de equipe; e contracepÃÃo supervisionada. Por fim, confirmou-se a tese de que o matriciamento à uma estratÃgia que favorece a promoÃÃo da assistÃncia ao PF de mulheres com transtorno mental pelas equipes da ESF.

ASSUNTO(S)

enfermagem saÃde mental atenÃÃo primÃria à saÃde planejamento familiar mulheres mental health primary health care family planning (public health) women

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