Mastectomia radical modificada com conservação de um ou de ambos músculos peitorais no tratamento do câncer de mama: complicações intra e pós-operatórias
AUTOR(ES)
Freitas-Júnior, Ruffo, Oliveira, Evelling Lorena Cerqueira, Pereira, Rubens José, Silva, Marco Aurélio Costa, Esperidião, Maurício Duarte, Zampronha, Rossana Araújo Catão, Ribeiro, Luiz Fernando Jubé, Queiroz, Geraldo Silva, Jorge, Estanislau Araújo, Rahal, Rosemar Macedo Sousa, Ferro, Júlio Eduardo, Paulinelli, Régis Resende, Barbosa, Silvânia Fátima Coelho
FONTE
Sao Paulo Medical Journal
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: A mastectomia radical modificada continua a ser amplamente usada para o tratamento de câncer de mama. Porém, até agora, a preservação do músculo peitoral secundário (técnica de Madden) não foi prospectivamente comparada à técnica de Patey. O objetivo deste trabalho foi comparar as duas técnicas de mastectomias radicais modificadas, analisando o grau de dificuldade e as complicações. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo randomizado, realizado na Unidade de Mama do Hospital Araújo Jorge, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiás, Brazil. MÉTODOS: 430 pacientes portadoras de câncer de mama com indicação de mastectomia radical modificada foram incluídas no programa. Foram disponíveis para análise 426 pacientes, das quais 225 alocadas no grupo Patey e 201 no grupo Madden. A análise foi feita por intenção de tratamento, usando-se o Qui-quadrado ou o teste t de Student, quando aplicáveis. RESULTADOS: A distribuição das características demográficas pacientes foi semelhante entre os grupos. A duração média da cirurgia foi de 105 minutos (DP ± 29.9) e 102 (DP ± 33) para o grupo Patey e Madden, respectivamente (p = 0,6). O tempo de internação foi de 2,3 dias para ambos os grupos. A média de linfonodos ressecados foi de 20,3 (DP ± 7,6) para Patey e 19,8 (DP ± 8,1) para Madden (p = 0,5). Não houve diferenças entre as complicações vasculares, nervosas, hematomas, infecções, bem quanto à dificuldade relatada pelo cirurgião. CONCLUSÃO: A retirada do músculo pequeno peitoral não influenciou nenhuma das variáveis estudadas. As técnicas de mastectomias radicais modificadas, Patey e Madden, foram semelhantes em todos os critérios observados, podendo ser executadas de acordo com a preferência do cirurgião.
ASSUNTO(S)
câncer de mama mama mastectomia técnicas tratamento complicações neoplasias
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