Maspin expression in axilla-negative breast cancer: correlation with recurrence and prognostic factors. / Expressão da maspina no câncer mamário axila-negativo: correlação com a recidiva tumoral e com fatores prognósticos.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O câncer de mama é a neoplasia maligna de maior incidência em mulheres no mundo e no Brasil. A utilização de fatores prognósticos é importante na individualização dos grupos de prognóstico favorável e desfavorável. As metástases axilares são consideradas o fator mais relevante no câncer de mama, pois as pacientes com linfonodos axilares comprometidos têm pior prognóstico. As pacientes sem comprometimento axilar são consideradas de bom prognóstico, porém até 20% delas apresentam recidiva locoregional e à distância. O reconhecimento de fatores que possam separar, dentre as pacientes com axila negativa, o grupo de pior prognóstico, tem relevância terapêutica, pois irá evitar o uso de tratamentos mais agressivos e com efeitos colaterais, quando desnecessário. No grupo de pacientes com axila positiva, os fatores prognósticos tradicionais como grau histológico, tamanho tumoral, receptores hormonais e as proteínas p53 e c-erbB-2 já são bem aceitos na literatura. Nas pacientes axila-negativas muitos destes fatores mostram resultados controversos. Em trabalhos recentes, in vitro e em modelos animais, a proteína maspina, uma antiprotease da família das serpinas, considerada de ação supressora tumoral, foi relacionada com a redução da mobilidade celular, da capacidade de invasão e das metástases tumorais em carcinomas mamários. Esta proteína está localizada no citoplasma das células mioepiteliais no tecido mamário normal e no carcinoma in situ, observando-se, ainda, uma perda progressiva da sua expressão em pacientes com carcinomas mamários invasivos. Buscou-se, no presente estudo, avaliar a expressão da maspina, no tecido tumoral, em um grupo de pacientes com axila negativa e determinar a associação entre a sua expressão e a recidiva tumoral e a relação com fatores prognósticos. Foi utilizada a técnica de imunoistoquímica da Streptoavidina-biotina-peroxidase com os anticorpos anti-maspina, anti-receptores de estrógeno e progesterona, anti- p53 e anti-c-erbB-2. As associações entre todas as variáveis foram calculadas pelo Odds ratio. Houve uma associação negativa significante entre a ausência da maspina e os receptores de estrógeno e progesterona. Houve associação negativa não significante entre a ausência da maspina e a recidiva tumoral, o grau histológico e a proteína p53. A idade, o grau histológico e os receptores foram confirmados como marcadores prognósticos no grupo de pacientes com axila-negativa, porém sem significância. A ausência de associação e a associação negativa entre a maspina e os fatores prognósticos sugerem que a maspina não tem utilidade como fator prognóstico em pacientes com carcinoma mamário e axila negativa. As associações negativas e positivas entre a expressão da maspina e a recidiva neoplásica torna questionável o papel supressor da proteína maspina na progressão do carcinoma mamário. Novos estudos com a maspina poderão contribuir para o entendimento de sua atividade biológica e caracterizar o seu real papel na supressão tumoral e talvez esclarecer os resultados obtidos neste estudo.

ASSUNTO(S)

axilla-negative mammary carcinoma prognostic factors carcinoma mamário axila-negativo imunologia maspina carcinoma mamário mammary carcinoma câncer mamário fatores prognósticos maspin breast cancer

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