Marcadores de risco cardiovasculares bioquímicos e antropométricos em idosos hipertensos e aparentemente saudaveis

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Idosos apresentam prevalência aumentada de Hipertensão Arterial Sistêmica - HAS além de multiplicidade de fatores de risco cardiovasculares adicionais relacionados a maus hábitos de vida. Este é um estudo transversal que teve como objetivos comparar e correlacionar marcadores bioquímicos e antropométricos e hábitos de vida indicadores de risco cardiovascular em idosos hipertensos e predominantemente saudáveis, sedentários e praticantes de atividade física. A amostra foi composta por 322 idosos, e distribuída em 2 grupos: G1: hipertensos e G2: predominatemente saudáveis. A coleta de dados constou de anamnese e avaliações bioquímica (perfil lipídico e Proteína C-Reativa - PCR) e antropométrica (Índice de Massa Corpórea - IMC, Circunferência da Cintura - CC, Circunferência abdominal - CA e Relação Cintura- Quadril - RCQ). Na análise dos dados utilizou-se estatística descritiva, Teste t de Student, análise de variância (ANOVA One-Way) e correlação de Pearson. Os resultados mostram que no G1: 100% eram hipertensos, sendo que 31,55% eram diabéticos e hipertensos e 0% era exclusivamente diabético, no G2: 28,86% eram hipertensos, sendo que 13,40% eram diabéticos e hipertensos, 5,15% eram exclusivamente diabéticos e 65,99% não apresentam qualquer processo patológico ativo. Com relação aos hábitos e estilo de vida, no G1: 58,22% eram sedentários; 2,6% fumantes e 1,7% etilistas. No G2: 5,15% eram sedentários; 7,21% fumantes e 8,24% etilistas. Com relação ao estado nutricional, verificou-se que no G1: 10,52% dos homens apresentaram Sobrepeso - SP e 14,03% Obesidade - OB, já entre as mulheres, 25,59% apresentaram SP e 20,23% OB. No G2: 6,06% dos homens apresentaram SP e 9,09% OB, e entre as mulheres, 15,87% apresentaram SP e 22,22% OB. Na análise da RCQ, apresentaram valores acima dos recomendados: 24,56% dos homens e 82,14% das mulheres do G1 e 12,12% dos homens e 74,60% das mulheres do G2. Com relação a CC e CA, apresentaram valores indicativos de risco, respectivamente: no G1 (52,63% e 29,82% dos homens e 91,66% e 87,5% das mulheres) e no G2 (9,09% e 9,09% dos homens, e 80,95% e 55,55% das mulheres). Com relação à idade, as freqüências de SP e OB no G1(n=225) foram: SP (A1=11,11%, A2=8%, A3=1,77%), OB (A1=8,44%, A2=8,88%, A3=1,33%), e no G2(n=97) foram: SP (A1= 5,15%, A2= 5,15%, A3= 2,06%) e OB (A1=9,27%, A2=7,21%, A3=0%). Na comparação entre G1 e G2 observou-se diferença estatísticamente significativa entre as seguintes médias: IMC: [G1=27,23 e G2=23,26 x (p=0,0344)]; CA: [G1=99,09 e G2=89,51 (p<0,0001)]; CC: [G1=93,64 e G2=86,37 (p<0,0001)] e RCQ: [G1=93,64 e G2=86,37 (p<0,0001)]. Na correlação, verificou-se associação considerada como fraca positiva (p<0,05) entre PCR e as variáveis antropométricas e o perfil lipídico. Os resultados apontam para maior freqüência e intensidade de fatores de risco cardiovasculares adicionais a hipertensão em mulheres em relação aos homens, nas faixas etárias relativamente mais jovens, A1 e A2, em relação a mais velha, A3, e no grupo de idosos hipertensos, G1, em relação ao de idosos predominantemente saudáveis, G2. Observou-se correlação, considerada fraca positiva (r>0,30), entre PCR, perfíl lipídico e variáveis antropométrica (p<0,05). Esta tese apresenta uma relação de interface multidisciplinar, tendo o seu conteúdo uma aplicação nos campos da Fisioterapia, Educação Física, Medicina, Nutrição e da Bioquímica

ASSUNTO(S)

estado nutricional cardiologia atividade física antropometria ciencias da saude

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