Manutenção em linhagens de camundongos e infecção in vitro de uma cepa de Cryptosporidium sp de origem humana / Cryptosporidium sp MMC/Uni human strain : maintenance in mice and in MDBK cells
AUTOR(ES)
Maria Helena Seabra Soares de Britto
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
O gênero Cryptosporidium compreende atualmente 16 espécies, que já foram encontradas parasitando mais de 150 espécies animais, incluindo o homem, no qual já foram referidas infecções causadas por sete delas. O Cryptosporidium parvum é o mais estudado porque é responsabilizado pelo caráter zoonótico da infecção. A espécie responsável pelo caráter antroponótico da criptosporidiose é o Cryptosporidium hominis. Embora já tenha sido descoberto há cem anos e mesmo com o avanço da genômica e biologia molecular, ainda existem muitas dúvidas sobre sua taxonomia, biologia e relação com seus variados hospedeiros. Dados na literatura apontam para a necessidade urgente da definição de modelos experimentais para cultivo de linhagens do parasito in vivo e in vitro. As pesquisas in vivo esbarram na dificuldade da utilização de grande número de animais certificados do ponto de vista genético e sanitário e mantidos em ambientes controlados. Por outro lado, os métodos de cultivo in vitro têm-se mostrado de difícil reprodutibilidade, pois a grande variabilidade de linhagens celulares, com diferentes origens, cultivadas em diferentes meios, em condições ambientais diversas, tornam bastante controversos os resultados obtidos nessa área. Neste trabalho apresentamos o cultivo de uma cepa de origem humana de Cryptosporidium sp, de um único paciente portador de HIV/aids, com criptosporidiose, denominada de MMC/Uni, mantida pela infecção por tubagem intra-gástrica de 105 oocistos em camundongos neonatos livres de patógenos específicos (SPF) de linhagens, heterogênicas e isogênicas imunocompetentes e imunodeficientes , mantidos durante todo o experimento em isolador de PVC flexível. Oocistos da cepa MMC/Uni de Cryptosporidium sp foram purificados mediante gradiente de sacarose. Após excistação, foram cultivados em monocamadas da linhagem celular MDBK (Madin-Darby Bovine Kidney). A presença de merontes foi constatada após 90 horas de cultivo. A cepa MMC/Uni de Cryptosporidium sp, de origem humana, permaneceu infectante após 16 meses, sob refrigeração a 4°C, em solução de Dicromato de Potássio a 2,5% e manteve a infectividade de camundongos após 10 meses de congelamento em DMSO a ─70ºC.
ASSUNTO(S)
mice cryptosporidium in vitro cultivation camundongo cultura in vitro
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000438282Documentos Relacionados
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