MANOMETRIA PRÉ-OPERATÓRIA PARA A SELEÇÃO DE OBESOS CANDIDATOS À GASTRECTOMIA VERTICAL

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-09

RESUMO

RESUMO Racional: A gastrectomia vertical pode determinar alterações na motilidade esofágica e no esfíncter inferior do esôfago. Objetivo: Estudar as alterações manométricas do esfíncter inferior do esôfago e do esôfago antes e depois da operação a fim de selecionar pacientes que pudessem desenvolver alterações pós-operatórias. Métodos: Setenta e três pacientes foram selecionados. Todos foram submetidos à manometria antes da operação e um ano após. As variáveis analisadas foram: pressão do esfíncter inferior do esôfago, amplitude e duração das ondas de contração e peristaltismo esofágico. Os dados foram comparados entre si antes e depois da operação e também com grupo controle saudável e não obeso. Critérios de exclusão foram: operação gástrica prévia, história de refluxo ou achado endoscópico de esofagite de refluxo ou de hérnia de hiato, diabete e uso de medicamentos que pudessem afetar a motilidade do esôfago ou do esfíncter esofágico inferior. Resultados: 49% dos pacientes apresentaram alterações no pré-operatório: hipertonia do esfíncter em 47%, hipotonia do esfíncter em 22% e aumento na amplitude das ondas de contração em 31%. Um ano após, a manometria encontrou-se alterada em 85% dos pacientes: hipertonia do esfíncter em 11%, hipotonia do esfíncter em 52%, aumento na amplitude das ondas de contração em 27% e 10% com alteração no peristaltismo esofágico. Comparando-se os resultados entre o pré e pós-operatório encontrou-se significância estatística para a pressão do esfíncter inferior do esôfago, amplitude das ondas de contração e peristaltismo. Conclusão: A manometria no pré-operatório da gastrectomia vertical não é fator de seleção dos candidatos a essa técnica.

ASSUNTO(S)

obesidade manometria junção esofagogástrica

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