Manometria anorretal de alta resolução sob cateter de perfusão (MARAR): primeira experiência no Brasil
AUTOR(ES)
VIEBIG, Ricardo Guilherme, FRANCO, Janaina Tomiye Yamakata, ARAUJO, Sergio Viebig, GUALBERTO, Daniel
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
06/08/2018
RESUMO
RESUMO CONTEXTO: Através da manometria anorretal de alta resolução (MARAR), a aquisição dos dados e a interpretação do exame tornaram-se mais simplificadas, objetivas e uniformes. OBJETIVO: Validar um sistema de MARAR sob perfusão de água (Alacer Biomédica), com sonda de 24 canais e comparar resultados dos exames de manometria anorretal com outros sistemas em trabalhos já publicados. MÉTODOS: Selecionados indivíduos sem distúrbio evacuatório importante. Excluídos pacientes com incontinência, cirurgia orificial, dissinergia, ou lesão esfincteriana. O exame foi realizado com sistema Alacer Biomédica de manometria sob perfusão de agua de 24 canais, com sonda configurada com 6 níveis de 4 canais radiais, distanciados entre si por 0,8 mm. Estabelecidas as pressões médias para o canal funcional, nos estados de repouso (PMR), no esforço de contenção (PMC) e no esforço evacuatório (PMEE). Também foi tabulada a extensão pressórica do esfíncter em cm. Comparou-se os resultados com os disponíveis em literatura recente. RESULTADOS: Foram estudados 50 pacientes (20 masc; 30 fem). No geral, foram encontrados os seguintes resultados: a PMR foi de 76,9±3,0 mmHg; PMC foi de 194,2±9,4 mmHg e; PMEE foi de 88,2±3,7 mmHg. Quando divididos por sexo: sexo masculino: PMR 72,2±3,0 mmHg; PMC: 229,5±17 mmHg e; PMEE 91,4±7,0. Sexo feminino: PMR 79,8±4,0 mmHg; PMC: 170,7±8; PMEE 86,1±4,3 mmHg. A extensão manométrica para ambos os sexos foi de 3,1±0,09 cm (masc 3,3±0,1; fem 3,0±0,1). DISCUSSÃO: A realização do estudo da MARAR ficou muito facilitada. A não mobilização da sonda provoca menos desconforto e artefatos, com menor tempo de estudo. Em nossa série há valores diferenciais pequenos entre os sexos durante o repouso, destacando-se maior força de contenção no sexo masculino. Não houve diferença para a extensão do esfíncter. Em relação à comparação com os estudos já publicados, mesmo com sondas de solid state, há uma proximidade de valores. CONCLUSÃO: O sistema de perfusão utilizado permitiu reproduzir resultados similares a sistemas solid state. Resta estabelecer parâmetros em casos de dissinergia pélvica, incontinência e esclarecer se o estudo pelo vetor volume pode trazer novas informações nos aspectos funcional e anatômico.
ASSUNTO(S)
canal anal, anatomia & histologia manometria, tendências bombas de infusão
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