Manifestações clínicas, desfechos e fatores prognósticos da influenza pandêmica A (H1N1) de 2009 em crianças

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. paul. pediatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-09

RESUMO

OBJETIVO: Descrever as características clínicas e a letalidade, além de analisar os fatores prognósticos da infecção pela influenza pandêmica A (H1N1), em crianças do estado do Paraná. MÉTODOS: Estudo observacional e retrospectivo. Os dados foram coletados a partir do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, entre março e dezembro de 2010. Foram incluídas as crianças com idade entre zero e 12 anos, com confirmação laboratorial da infecção. As variáveis referentes às características demográficas e clínicas e aos desfechos foram avaliadas estatisticamente a fim de comparar as taxas de letalidade na presença e na ausência desses fatores. Os fatores prognósticos foram identificados por regressão logística. Consideraram-se como significativos os valores de p<0,05. RESULTADOS: Foram incluídas 1.307 crianças, das quais 19 foram a óbito. Os fatores de risco para o óbito foram cardiopatias (OR 7,1; IC95% 1,5 - 32,7), imunodepressão (OR 14,9; IC95% 3,9 - 56,2), dispneia (OR 9,5; IC95% 2,8 - 32,9), pneumonia (OR 23,8; IC95% 2,4 - 239,8), presença de sibilos (OR 11,9; IC95% 1,4 - 103,7) e tempo para o início do tratamento a partir do início dos sintomas (OR 1,3; IC95% 1,2 - 1,5). O tratamento precoce com o antiviral oseltamivir foi um fator de proteção ao óbito (OR 0,012; IC95% 0,003 - 0,05). CONCLUSÕES: Os fatores de risco subjacentes apresentaram papel fundamental na determinação dos desfechos. O diagnóstico e o tratamento precoce foram importantes para a diminuição dos óbitos pela influenza A (H1N1) 2009 em crianças.

ASSUNTO(S)

vírus da influenza a subtipo h1n1 fatores de risco letalidade sinais e sintomas criança

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