Manifestações clínicas agudas na primeira e segunda infâncias e características moleculares da doença falciforme em um grupo de crianças do Rio de Janeiro
AUTOR(ES)
Silva Filho, Isaac Lima da, Ribeiro, Georgina Severo, Moura, Patrícia Gomes, Vechi, Monica Longo, Cavalcante, Andréa Cony, Andrada-Serpa, Maria José de
FONTE
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a expressão clínica da anemia falciforme (AF) e sua relação com os haplótipos da globina beta e talassemia alfa (Tal) em crianças na primeira e segunda infâncias. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo de série de casos em crianças na primeira e segunda infâncias provenientes da triagem neonatal do Rio de Janeiro. Um total de 96 crianças, 79 com AF e 17 com HbSC, 48 homens e 48 mulheres, média de idade de 29,9 (DP+/-20,9) meses, sendo 62 (16,2+/-8,6) na primeira e 34 (54,9+/-11,3) na segunda infância. Foram avaliados: crises dolorosas (CD), de sequestro esplênico (SE) e hemolítica (CH), síndromes mão-pé (SMP) e torácica aguda (STA) e infecções. RESULTADOS: Os eventos foram mais frequentes na primeira infância; 94% das crianças apresentaram ao menos um episódio. Infecção foi o evento mais frequente, acometendo 88,5% das crianças, SE ocorreu mais na primeira infância, enquanto CD e STA mais na segunda. A Tal alfa 3.7 foi observada em 20,9% dos casos. O haplótipo mais frequente foi o Bantu (73,7%), seguido de Benin (23,0%). Não foi observada associação entre eventos clínicos e haplótipos da globina. Crianças com AF e Tal apresentaram menos eventos infecciosos. Não foi possível associar os polimorfismos com a expressão clínica, porém, a maioria das crianças Bantu/Bantu e sem Tal apresentou mais eventos clínicos.
ASSUNTO(S)
anemia falciforme talassemia alfa haplótipos triagem neonatal evolução clínica
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