Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov

AUTOR(ES)
FONTE

Bakhtiniana, Rev. Estud. Discurso

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-04

RESUMO

RESUMO Este artigo contribui para nossa compreensão de como os russos receberam os conceitos de Bakhtin, principalmente dois influentes estudiosos russos, críticos de Bakhtin, cada um a partir de uma perspectiva diferente. O estudo de tais críticas é valioso, uma vez que nos incentiva a reexaminar nossas próprias percepções, por vezes complacentes, das teorias de Bakhtin. Mikhail Gasparov (1937-2005), um importante classicista e preeminente erudito do verso, publicou críticas virulentas contra Bakhtin entre 1979 e 2004. Seu problema com Bakhtin era essencialmente metodológico. Lydia Ginzburg (1902-1990), conhecida por suas Notes of a Blockade Person, e por estudos sobre os gêneros do diário, das memórias, da carta pessoal e do caderno do escritor, questionou os pressupostos psicológicos por trás das teorias bakhtinianas de simpatia e amor. Ginzburg também tinha sérias dúvidas quanto à ideia bakhtiniana do romance polifônico e a respeito do uso que Bakhtin fazia da oposição entre o monológico e o dialógico para caracterizar os romances de Tolstoi e Dostoiévski. Um exame atento das posições de Bakhtin e Ginzburg sobre o amor revela paralelos e diferenças interessantes. O artigo termina com sugestões sobre como as críticas de Ginsburg e de Gasparov podem nos ajudar a ler Bakhtin de maneiras criativas.

ASSUNTO(S)

recepção crítica metodologia amor romance polifônico

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