MamÃferos do Pleistoceno Superior de AfrÃnio, Pernambuco, Nordeste do Brasil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Foram estudados aspectos taxonÃmicos e tafonÃmicos de paleofauna inÃdita de mamÃferos pleistocÃnicos, preservados nas lagoas Caveira, Tanque e Comprida, bacia do riacho Caboclo, tributÃrio do rio SÃo Francisco em AfrÃnio, Pernambuco. O trabalho envolveu levantamentos bibliogrÃfico e cartogrÃfico, trabalhos de campo e laboratoriais. Mais de 1.200 ossos pÃscranianos, dentes e osteodermos foram estudados, parte foi incorporada à coleÃÃo cientÃfica do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (DGEO-CTG-UFPE). Foram escavadas cinco trincheiras nas lagoas Caveira, Tanque e Comprida, que mostraram atà cinco fases de preenchimento sedimentar siliciclÃstico, sendo, nas lagoas Tanque e Caveira observou-se uma camada com concentraÃÃo de ossos, moderadamente empacotados, formando um conglomerado com cimento calcÃfero. A associaÃÃo fossilÃfera à monotÃpica, poliespecÃfica com os graus de fragmentaÃÃo e desgaste variando em quatro classes, indicando que houve transporte hidrÃulico apÃs a morte. Os ossos foram preservados por conservaÃÃo da composiÃÃo quÃmica original, permineralizaÃÃo e substituiÃÃo por calcita e por calcita magnesiana. Foi identificada uma diversificada fauna distribuÃda em cinco ordens â Tardigrada, Cingulata, Notoungulata, Proboscidea e Perissodactyla, sete famÃlias â Megatheriidae, Mylodontidae, Gomphotheriidae, Equidae, Dasypodidae, Glyptodontidae e Toxodontidae, com os taxa: Eremotherium laurillardi, Mylodonopsis ibseni, Panochthus greslebini, Holmesina paulacoutoi, Hoplophorus euphractus, Stegomastodon waringi, Toxodon platensis, equÃdeo indeterminado e aff. Glyptodon . Os restos mais numerosos foram de Panochthus. à registrado pela primeira vez no estado os gÃneros Hoplophorus e Mylodonopsis. A paleofauna à exclusivamente herbÃvora, de um paleoambiente de savana ou cerrado, Ãreas de vegetaÃÃo arbustiva e arbÃrea esparsa, em contraste com a atual caatinga hiperxerÃfila. AtravÃs da dataÃÃo por luminescÃncia oticamente estimulada (LOE) de sedimentos depositados em camadas acima dos fÃsseis, estimou-se uma idade mais antiga do que 11.300Â2.000 anos para Ãltima fase de ocupaÃÃo da megafauna na regiÃo

ASSUNTO(S)

geociÃncias pernambuco geociencias tafonomia afrÃnio taphonomy mamÃferos pleistocÃnicos pleistocene mammals taxonomy geocronologia - pernambuco

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