Macroinvertebrados em córregos de baixa ordem sob diferentes usos do solo no estado de São Paulo : subsídios para o biomonitoramento
AUTOR(ES)
Marcia Thais Suriano
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
O monitoramento ambiental avalia o estado de preservação dos ecossistemas aquáticos, fornecendo subsídios para a elaboração de estratégias de manejo, conservação de áreas naturais e planos de recuperação dos ambientes degradados. Esta avaliação é realizada através de informações abióticas e bióticas, em particular os macroinvertebrados. Sendo assim, este trabalho contemplou duas abordagens aplicadas a esta biota com o objetivo de avaliar a qualidade ambiental de córregos de baixa ordem no estado de São Paulo: a estrutura da comunidade e a seleção de métricas. A primeira apresenta o estudo da composição taxonômica e da estrutura funcional de alimentação de macroinvertebrados bentônicos e, a segunda, refere-se à seleção de métricas aplicadas a esta comunidade para avaliar a integridade de ambientes lóticos. Assim, foram selecionados 29 córregos de 1 e 2 ordens situados em diferentes usos do solo: cinco córregos em Mata Ombrófila Mista (Parque Estadual de Campos do Jordão); sete córregos em Mata Semidecídua (Estação Ecológica de Caetetus, Parque Estadual Furnas do Bom Jesus, Parque Estadual de Vassununga, Parque Estadual do Morro do Diabo); três córregos em Mata Ombrófila Densa (Parque Estadual de Intervales); cinco córregos em monocultura extensiva de cana-de-açúcar; cinco córregos em pastagem e quatro córregos em plantações de eucalipto. A caracterização ambiental seguiu o Protocolo proposto pela equipe do Projeto Temático Biota/Fapesp e os organismos foram coletados com amostrador tipo Surber com esforço amostral de seis unidades em um trecho de 100m. A identificação, no menor nível taxonômico, foi feita com auxílio de chaves de identificação, descrições e quando necessário consulta a especialistas. Para a primeira abordagem, os resultados mostraram diferenças na composição taxonômica entre os córregos e entre as áreas situadas em diferentes usos do solo. De modo geral, destaca-se maior participação dos grupos Trichoptera, Ephemeroptera, Plecoptera e Coleoptera nos córregos situados em áreas preservadas e a maior participação de Odonata, Diptera, Bivalvia e Gastropoda nos córregos situados em áreas impactadas. Para o estudo de avaliação da integridade dos córregos de baixa ordem no estado de São Paulo, foram selecionadas 51 métricas as quais foram analisadas usando os seguintes critérios: i, resposta previsível aos impactos antrópicos; ii, maior resolução taxonômica; iii, simplicidade operacional e teórica. Dezoito métricas foram relacionadas aos preditores ambientais e espaciais utilizados (p<0,05). Destas, oito métricas contemplaram os critérios de seleção estabelecidos e foram consideradas potenciais para integrarem um sistema multimétrico de avaliação de córregos de baixa ordem do estado de São Paulo: riqueza taxonômica de família, riqueza da somatória dos grupos Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera, densidade total de espécimes, porcentagem dos grupos Megaloptera e Hirudinea, porcentagem conjunta dos grupos Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera, índice de diversidade de Shannon para gênero e o índice biótico BMWP adaptado.
ASSUNTO(S)
macroinvertebrados ecologia ecologia - córrego biomonitoramento sistemas lóticos métrica
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2143Documentos Relacionados
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