Luxação recidivante do ombro: aspectos do período entre o primeiro episódio e o tratamento cirúrgico

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ortopedia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

OBJETIVO: Determinar: 1) se os pacientes que sofrem seu primeiro episódio de luxação traumática do ombro são orientados a manter imobilização por um período mínimo de quatro semanas e qual foi o tipo de imobilização prescrita; 2) determinar após quantos episódios de luxação os pacientes receberam a informação da necessidade de cirurgia; 3) quanto tempo os pacientes demoraram a conseguir acompanhamento com especialista em cirurgia de ombro; 4) quantos episódios de luxação os pacientes apresentavam no momento da cirurgia. MÉTODOS: Dos 100 pacientes tratados cirurgicamente ou estão aguardando cirurgia nos ambulatórios, foram avaliados 61, que responderam a um questionário com perguntas relacionadas com o mecanismo das luxações, locais de atendimento, orientações recebidas para o tratamento do evento agudo e acompanhamento, tempo necessário para conseguir o acompanhamento e cirurgia.Os dados coletados foram submetidos à análise. RESULTADOS: Apenas 13 pacientes (22%) receberam orientações adequadas sobre sua afecção, prognóstico quanto à recidiva e à necessidade de acompanhamento especializado e cirurgia nos casos recidivantes. Nenhum paciente foi orientado adequadamente como e por quanto tempo deveria ficar imobilizado. CONCLUSÃO: Nenhum paciente recebeu orientações de manter-se imobilizado por quatro semanas e o tipo de imobilização variou entre uma tipoia simples e a imobilização comercial tipo Velpeau. A maioria dos pacientes avaliados (78%) não recebeu orientações corretas sobre a necessidade de acompanhamento especializado e cirurgia após o segundo episódio de luxação. O tempo para avaliação do especialista demorou entre quatro e seis meses e possuíam entre um e cem episódios de luxação no momento da cirurgia.

ASSUNTO(S)

articulação do ombro luxação do ombro epidemiologia

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