Luteólise antecipada em protocolo de inseminação artificial a tempo fixo com progesterona em vacas nos pós-parto

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O objetivo do trabalho foi verificar o efeito da antecipação de um luteolítico prévio a retirada do dispositivo intravaginal de progesterona (P4) sobre a taxa de prenhez na inseminação artificial em tempo fixo (IATF) de vacas com cria ao pé em comparação com protocolos de IATF tradicionais que utilizam o luteolítico na ocasião da retirada de P4. Também verificar a ação e eficácia dos implantes com um grama de progesterona de primeiro e segundo uso. Utilizou-se 210 vacas de corte amamentando da raça Montana com 48-98 dias pós-parto. Destas, 127 eram vacas multíparas e 83 eram vacas primíparas. Os animais foram divididos em dois lotes de 105 vacas, comparando oito grupos. O lote D6,5 foi tratado no dia zero (data:17/11/2008) com 2mg de benzoato de estradiol i.m. (BE, Estrogin®) juntamente com implante intravaginal de progesterona de 1º uso (G1- Sincrogest®, n=29; G2- Primer®, n=26) e de 2º uso (G3- Sincrogest®, n=26; G4- Primer®, n=24), no dia 6,5 foi aplicado 150mcg i.m. de Cloprostenol Sódico (Sincrocio®), sendo a retirada do implante de P4 no dia 8. Dia 9, ocorreu a aplicação de 1mg de BE i.m. e no dia 10 a tarde a IATF. O lote D8 iniciou o protocolo de IATF no dia 25/11/2008 e foi tratado da mesma forma, à exceção da aplicação do luteolítico que ocorreu no oitavo dia. Os grupos foram formados: implante de 1º uso (G5- Sincrogest®, n=27; G6- Primer®, n=28) e de 2º uso (G7-Sincrogest®, n=26; G8- Primer®, n=24). Foram realizadas duas coletas de sangue (dia 0 e dia 9 do protocolo) para dosagem de progesterona plasmática através do método de radioimunoensaio. As taxas de prenhez dos grupos do lote D6,5 foram de 55,17%(G1), 69,23%(G2), 57,67%(G3), 70,83%(G4) (p=0,263). No lote D8 os grupos G5, G6, G7, G8 deste lote apresentaram 44,44%, 67,86%, 46,15%, e 58,33% de prenhez (p=0,573). As taxas de prenhez para os lotes D6,5 e D8 foram, de 62,86% e 54,29%. Não houve diferença nas taxas de prenhez a IATF entre os lotes (p= 0,262). O teste Qui-quadrado e o T-test foram utiizados para a análise estatística dos dados. O ECC médio dos dois lotes foi de 2,66 (n=210). Não houve influência do ECC sobre as taxas de prenhez a IATF (p=0,562) . Também não houve diferença estatística na taxa de prenhez a IATF e de prenhez final dos animais conforme a idade e dias pós parto. Dezenove vacas apresentaram P4 maior que 1ng/ml no dia 0 (D6,5= 7, com 5 vacas prenhez e 2 vazias; D8= 12, com 7 vacas prenhez e 5 vacas vazias) e quatro vacas do lote D8 apresentaram P4 maior que 1ng/ml no dia 9 do protocolo (com 1 vaca prenhe). Os implantes da Primer ® e Sincrogest® de primeiro e segundo uso foram eficientes para a sincronização da ovulação das vacas com cria ao pé. A antecipação do luteolítico não aumentou as taxas de prenhez a IATF e prenhez final.

ASSUNTO(S)

reproducao animal : bovinos beef cows inseminacao artificial : tecnicas post partum cows feeding pos-parto iatf early luteolysis plasma progesterone

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