Lung ultrasonography as a tool to guide perioperative atelectasis treatment bundle in head and neck cancer patients undergoing free flap reconstructive surgeries: a preliminary observational study

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Otorhinolaryngology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Introdução: A anestesia geral causa atelectasia pulmonar poucos minutos após sua indução. Isso pode ter um impacto significativo no resultado pós-operatório de pacientes com câncer submetidos a cirurgias reconstrutivas prolongadas. Objetivo: Avaliar o impacto das atelectasias perioperatórias detectadas por ultrassonografia na necessidade de suplementação pós-operatória de oxigênio, terapia broncodilatadora e fisioterapia respiratória assistida em pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço submetidos a cirurgias com uso de retalho livre. Método: Foram submetidos a avaliações ultrassonográficas pulmonares bilaterais antes e após a cirurgia 28 pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Os escores de ultrassonografia pulmonar, lactato sérico, razão PaO2/FiO2 foram medidos no início e no fim da cirurgia. Os pacientes foram avaliados na posição supina e o número de linhas B confluentes e únicas foi observado. Esses valores foram correlacionados com a necessidade de oxigenoterapia, necessidade de broncodilatadores e tempo total de desmame para predizer o resultado pós-operatório. Outros fatores que afetam o desmame também foram estudados. Resultados: Entre os 28 pacientes, sete apresentaram escore médio de ultrassonografia pulmonar ≥ 10,5, que se correlacionou com o tempo de desmame prolongado (144,56 ± 33,5 minutos vs. 66,7 ± 15,7 minutos; p = 0,005). A mudança no escore de ultrassonografia pulmonar correlacionou-se significantemente com a mudança na razão PaO2/FiO2 (r = −0,56, p = 0,03). A contagem total elevada de leucócitos > 8200 uLe o nível de lactato sérico >2,1 mmoL/L também previram ventilação mecânica pós-operatória prolongada. Conclusão: Este estudo preliminar detectou um nível significante de atelectasia perioperatória com ultrassonografia pulmonar no local de atendimento em pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos a reconstruções cirúrgicas de longa duração. Escores mais altos de ultrassonografia pulmonar enfatizaram a necessidade de nebulizações broncodilatadoras frequentes e fisioterapia respiratória assistida e foram associados a desmame tardio. Propomos avaliações ultrassonográficas pulmonares mais frequentes no local de atendimento e o uso de manobras de recrutamento para reduzir o impacto das atelectasias pulmonares perioperatórias.

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