Logística para tratamento e disposição final de lodos de ETE s da SANEPAR no estado do Paraná

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A disposição final do lodo de esgoto vem se caracterizando como um dos problemas ambientais urbanos mais relevantes da atualidade. A Resolução CONAMA n 375,/2006, considera: o uso agrícola do lodo de esgoto como uma alternativa que apresenta vantagens ambientais quando comparada a outras práticas de destinação ambiental e a aplicação do lodo de esgoto na agricultura como prática que se enquadra nos princípios de reutilização de resíduos, de forma ambientalmente adequada. No entanto, estabelece que a aplicação de lodo de esgoto e produtos derivados no solo agrícola somente poderá ocorrer mediante a existência de uma Unidade Gerenciais de Lodo - UGL devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente. Unidades Gerenciais de Lodo UGL são unidades responsáveis pelo recebimento, processamento, caracterização, transporte, destinação do lodo de esgoto produzido por uma ou mais estações de tratamento de esgoto sanitário e monitoramento dos efeitos ambientais, agronômicos e sanitários de sua aplicação em área agrícola. O custo é um importante fator na escolha do método de processamento do lodo de esgoto. A logística adotada, especialmente considerando as áreas de armazenamento, estruturas para higienização, distâncias de transporte e análises para controle e monitoramento da qualidade do lodo para aplicação agrícola, pode onerar em muito os custos agregados ao sistema de tratamento de esgotos. Este trabalho teve por objetivo estruturar um Plano de Gestão de Lodos de Estações de Tratamento de Esgotos ETEs através de uma avaliação estratégica de gerenciamento, onde as variáveis mais importantes a serem consideradas na seleção de alternativas para logística de implantação de UGLs foram determinadas. Adicionalmente foi desenvolvida uma ferramenta informatizada para auxiliar no processo de tomada de decisão para reciclagem agrícola, tendo em vista a infraestrutura necessária para adequação dos resíduos; a logística operacional, de transporte, de monitoramento e de controle; e os custos envolvidos. O desenvolvimento do modelo conceitual teve por base a experiência e os dados do Estado do Paraná, através de um estudo de caso da Gerência Regional de Sistemas de Sanemento de Ponta Grossa. O custo final do tratamento e destinação final do lodo de ETEs visando uso agrícola resultou em R$ 305,57/ton MS, sendo que as parcelas mais significativas para o processo decisório foram relativas ao transporte do lodo, R$ 65,17/ton MS (21,30%) e às análises do lodo e do solo R$ 39,31/ton MS (12,36%).

ASSUNTO(S)

gerenciamento ambiental esgotos engenharia sanitaria lodo de esgoto Águas residuais - purificação saneamento

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