Liver transplantation with inferior vena cava preservation and temporary portocaval anastomosis or with venovenous bypass: comparative study / Transplante hepático com preservação da veia cava inferior e anastomose porto-cava temporária ou com ressecção da veia cava inferior e "bypass" veno-venoso: estudo comparativo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O transplante hepático com a técnica convencional envolve a ressecção da veia cava inferior retrohepática como parte da hepatectomia do receptor e conseqüente clampeamento da mesma acima e abaixo do fígado, bem como o clampeamento da veia porta durante a fase anepática. Este procedimento pode se caracterizar por alterações hemodinâmicas importantes, disfunção renal e maior sangramento em áreas de dissecção submetidas a um regime de maior pressão. Pacientes idosos, previamente instáveis do ponto de vista hemodinâmico ou muito graves, gealmente, não toleram esta situação. Para evitar estes distúrbios, um "bypass" venovenoso, é habitualmente utilizado, permitindo com que o sangue da veia porta e da veia cava inferior retorne à circulação sistêmica através da veia axilar. O "bypass" venovenoso, foi adotado por muitos centros transplantadores como procedimento de rotina, enquanto outros empregavam este apenas quando o clampeamento da veia cava inferior determinasse grave alteração hemodinâmica, buscando assim, redução do custo, do tempo de operação e das complicações em função do uso "bypass", tais como: hipotermia, coagulopatia e fenômenos tromboembólicos. Outra alternativa técnica, que consiste na preservação da veia cava inferior durante a hepatectomia foi descrita com o intuito de preservar o fluxo na veia cava inferior durante a fase anepática. Além disto, uma anastomose porto-cava temporária pode ser confeccionada para evitar o clampeamento da veia porta e conseqüente congestão esplâncnica. O objetivo deste estudo foi comparar os resultados imediatos do transplante hepático com preservação da veia cava inferior e anastomose porto-cava temporária, ou com o uso do "bypass" venovenoso. De outubro de 1999 a outubro de 2001, 104 pacientes submetidos ao transplante hepático foram analisados retrospectivamente. O "bypass" venovenoso foi utilizado em 50 pacientes e a técnica de "piggy back" em 54. Ambos os grupos foram comparáveis em termos de idade, sexo, diagnóstico e grau de função hepática pré-operatória. Nosso estudo demonstrou não haver diferença entre as duas técnicas em relação à duração da hepatectomia, à duração da operação e à necessidade de transfusão de hemoderivados. Observou-se uma fase anepática mais breve e um menor tempo de permanência na unidade de terapia intensiva no período pós operatório dos pacientes submetidos à técnica que reserva a veia cava inferior, além disto o estudo aponta para uma tendência à redução no tempo de internação, no índice de insuficiência renal pós-operatória e para um melhor funcionamento do enxerto quando os fluxos da veia cava inferior e da veia porta são preservados.

ASSUNTO(S)

estudo comparativo surgical anastomosis extracorporea circulation inferior vena cava liver transplant veia cava inferior/transplante morbidade transplante de fígado/métodos anastomose cirúrgica/efeitos adversos circulação extracorpórea/efeitos adversos morbility and comparative study

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