LIVER TRANSPLANTATION IN HIV PATIENTS: A CASE SERIES FROM THE NORTHEAST REGION OF BRAZIL

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FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Contexto: A emergência da terapia antirretroviral de alta potência, em 1996, mudou a história natural da infecção por HIV, com redução significativa de mortalidade por infecções oportunistas, mas com aumento de morbidade por doenças crônicas cardiovasculares, hepáticas e renais. Em maio de 2016, um centro de referência em transplante hepático no Nordeste do Brasil realizou o primeiro transplante hepático em portadores de HIV, com cinco outros até 2021. Métodos: Os critérios de seleção para o transplante hepático foram: boa aderência e ausência de resistência à terapia antirretroviral, carga viral indetectável, contagem de linfócitos T-CD4+ acima de 100/ mm3 e ausência de infecções oportunistas nos últimos 6 meses. Resultados: Seis transplantes hepáticos foram feitos em portadores de HIV entre maio de 2016 e maio de 2021, cinco homens, com idade média de 53,2 anos, um paciente diabético. Todos os pacientes tiveram acesso a enxertos com tempo de isquemia fria curto com média de 5 horas e 39 minutos. A sobrevida em 4 meses foi de 100%, com tempo de acompanhamento de 4-63 meses (média de 31 meses). A contagem média de linfócitos T-CD4+ pré-transplante foi de 436 células/ mm3. A média de tempo de internação foi de 16,8 dias. Um paciente teve trombose de veia cava proximal; outro teve estenose de anastomose cavo-caval, levando à ascite refratária, falência renal e disfunção de enxerto pós-transplante; e outro teve estenose de anastomose do colédoco. A imunossupressão e a profilaxia foram usadas de acordo com protocolos padrão e não houve diferenças no perfil de infecções ou de rejeição pós-transplante. Conclusão: Esta casuística ilustra que o transplante de fígado em portadores do HIV apresenta complicações usuais e sobrevida satisfatória.

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