Litogeoquímica e geocronologia do plutonismo félsico subalcalino que marca o final da orogenia Paleoproterozoica no cinturão Salvador-Esplanada, Cráton São Francisco (Salvador, Bahia, Brasil)

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

Estudos realizados ao longo da ultima década nas rochas que compõem o embasamento da cidade de Salvador, no nordeste do Brasil, mostram uma história geológica complexa, com grande diversidade de litotipos metamórficos de médio e alto grau, deformados de modo polifásico e frequentemente cortados por diques máficos tabulares e corpos graníticos irregulares. Estes últimos, objeto deste trabalho, afloram abundantemente na orla marítima de Salvador, sendo classificados petrograficamente como monzo-sienogranitos. Os seus dados geoquímicos permitem classificá-los como subalcalinos e peraluminosos, destacando-se que eles são enriquecidos em ETR leves e apresentam forte anomalia negativa de Eu. Estes granitóides apresentam características geoquímicas de rochas derivadas de material crustal e/ou produzidos pela interação de material da crosta e do manto, com os valores negativos de εNd(t) (-6,08) que corroboram a característica crustal. Em diagramas discriminantes de ambientes tectônicos, estão dispostos no campo dos granitos pós-tectônicos. A idade-modelo Sm-Nd (TDM) em torno de 2,9 Ga indica uma fonte neoaqueana para esses litotipos enquanto que a idade U-Pb zircão (LA-ICPMS) de 2.064 ± 36 Ma é interpretada como sendo de cristalização, sendo similar às idades U-Pb (SHRIMP) e Pb-Pb (evaporação) para os granitos tardi-tectônicos do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá. Os monzo-sienogranitos em foco podem ser posicionados como granitos tardi-tectônicos, visto que são afetados por zonas de cisalhamento dextrais correlacionáveis com os estágios finais de deformação registrados nos granulitos de Salvador.

ASSUNTO(S)

monzo-sienogranitos petrologia geocronologia salvador bahia brasil

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