Litíase biliar em adolescentes obesos atendidos em ambulatório ,

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

OBJETIVO: descrever a frequência e os fatores associados à litíase biliar em adolescentes obesos.MÉTODOS: estudo descritivo tipo corte transversal com adolescentes entre 10 e 19 anos atendidos em ambulatório de obesidade infanto-juvenil, no período de maio a dezembro de 2011. A obesidade foi definida como índice de massa corporal > P97 e o sobrepeso > P85, para idade e sexo, segundo o referencial OMS 2007. Foi aplicado um questionário com dados relacionados à presença de sinais e sintomas, como: dor abdominal, náusea, vômito e intolerância à gordura. Os pacientes foram questionados sobre quantos quilos perderam e em quanto tempo. As variáveis laboratoriais foram: triglicerídeos, colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) e lipoproteína de baixa densidade (LDL), aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT). A litíase biliar e a esteatose hepática foram diagnosticadas por ultrassonografia.RESULTADOS: a litíase biliar foi diagnosticada em 6,1% (4/66) dos adolescentes obesos, a maioria do sexo feminino (3/4); a esteatose hepática foi identificada em 21,2% (14/66). Intolerância à gordura da dieta foi referida por todos os portadores de litíase biliar (4/4) e por 17,7% (11/62) do grupo sem litíase biliar (0,001). A média de perda de peso foi de 6,0 ± 2,9 kg nos pacientes com litíase biliar e 3,2 ± 4,8 kg no grupo sem litíase biliar (p = 0,04). Porém, em relação ao tempo de perda não houve diferença entre os dois grupos (p = 0,11).CONCLUSÕES: a litíase biliar e a esteatose hepática são frequentes entre adolescentes obesos e devem ser investigadas sistematicamente na presença ou ausência de sintomas.

ASSUNTO(S)

obesidade litíase biliar esteatose hepática criança adolescente

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