Lipoproteína (a) em pacientes portadores de doença arterial obstrutiva periférica e/ou diabetes mellitus tipo 2
AUTOR(ES)
Mota, Ana Paula Lucas, Carvalho, Maria das Graças, Lima, Luciana Moreira, Santos, Maria Elisabeth Rennó de Castro, Sousa, Marinez de Oliveira
FONTE
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-04
RESUMO
INTRODUÇÃO: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) constitui um excelente marcador para a aterosclerose sistêmica. Entre os fatores de risco para essa doença está o diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Acredita-se que a lipoproteína (a) [Lp(a)] esteja ligada a risco aumentado de aterosclerose, embora os mecanismos que levem a esse aumento não sejam completamente conhecidos. Níveis elevados de Lp(a) parecem estar associados a risco aumentado de doença arterial coronariana (DAC), assim como DAOP e doença cerebrovascular. OBJETIVO: Avaliar os níveis plasmáticos de Lp(a) e outras variáveis lipídicas em um grupo de pacientes com DAOP e/ou DM2. MATERIAL E MÉTODOS: Níveis plasmáticos de Lp(a), colesterol total (CT), colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-c), colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), triglicérides (TG) e apolipoproteínas A-I e B foram medidos em amostras de sangue de 12 indivíduos comprovadamente não-portadores de DAOP e DM2 (controles), 17 pacientes portadores de DAOP, 18 pacientes com DM2 e 19 pacientes portadores de DAOP e DM2 simultaneamente. Os participantes desse estudo foram selecionados buscando-se homogeneidade e semelhança estatística em relação às variáveis sexo, idade e nível socioeconômico. RESULTADOS: A Lp(a) apresentou tendência a elevação tanto no grupo de pacientes com DAOP quanto naquele com DM2 + DAOP. Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos para as dosagens de HDL-c e Apo A-I, inclusive com correlação positiva entre esses parâmetros. A relação CT/HDL-c apresentou diferença estatística significativa entre os grupos. Foram observadas correlações positiva entre Lp(a) e LDL-c, e negativa entre o índice tornozelo-braquial (ITB) e a Lp(a). CONCLUSÃO: Para as variáveis lipídicas estudadas foram observadas diferenças estatísticas significativas apenas entre os níveis plasmáticos de HDL-c e Apo A-I. Para o parâmetro Lp(a) foram observados níveis plasmáticos mais elevados nos grupos DAOP e DM2 + DAOP, os quais também apresentaram uma concomitante e significativa redução de HDL-c.
ASSUNTO(S)
lipoproteína (a) perfil lipídico doença arterial obstrutiva periférica diabetes mellitus tipo 2
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