LINFOMA ÓSSEO PRIMÁRIO: ANÁLISE RETROSPECTIVA DE 42 CASOS CONSECUTIVOS
AUTOR(ES)
SANTOS, TELMA MURIAS DOS, ZUMÁRRAGA, JUAN PABLO, REAES, FÁBIO MAZETTI, MAÇANEIRO JUNIOR, CARLOS HENRIQUE, BAPTISTA, ANDRÉ MATHIAS, CAMARGO, OLAVO PIRES DE
FONTE
Acta ortop. bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-04
RESUMO
RESUMO Objetivo: É difícil definir parâmetros para o tratamento e os fatores associados ao prognóstico de linfoma ósseo primário (LOP). Apresentamos a experiência de uma única instituição, com 42 casos de LOP durante 16 anos (2000-2016). Métodos: Cinquenta e cinco pacientes avaliados retrospectivamente e quarenta e dois incluídos (76,3%). Resultados: A mediana da idade foi 51,5 anos e a mediana do seguimento foi 102,7 meses. Um paciente era portador do vírus da imunodeficiência humana. Dor no membro foi o sintoma mais prevalente. O tempo médio entre os sintomas e o diagnóstico foi de 5,4 meses. O sítio anatômico mais afetado foram as vértebras (n = 16, 33,3%). Em relação à International Prognostic Index Score (IPI), 64,3% dos pacientes tinham baixo grau e 25,7% tinham baixo-intermediário. O diagnóstico histológico mais comum foi linfoma difuso de grandes células B (LDGCB), com 85,7% dos casos. A imunofenotipagem foi positiva para CD20 em 95,3%. Onze pacientes tinham fratura patológica. Todos receberam quimioterapia, sendo que 30% dos regimes incluíam rituximabe. A radioterapia foi utilizada em 38% dos pacientes. A porcentagem total de sobrevida foi de 50% e o tempo médio de sobrevida foi de 80 meses. A idade e o regime de quimioterapia juntos influenciaram diretamente a sobrevida dos pacientes. Os pacientes jovens, assim como os que receberam RCHOP, tiveram prognóstico de sobrevida melhor. Conclusão: A escolha do regime de quimioterapia associada à idade do paciente influenciou a sobrevida dos pacientes com LOP. Nível de Evidência IV; Série de casos.
ASSUNTO(S)
linfoma/fisiopatologia linfoma/terapia linfoma difuso de grandes células b neoplasias ósseas tratamento farmacológico.