Linfoma esplênico difuso da polpa vermelha, de linfócitos B pequenos, associado ao vírus da hepatite B: relato de dois casos
AUTOR(ES)
Kerbauy, Mariana Nassif, Fernandes, Carolina Melo, Bezerra, Evandro Dantas, Lage, Luis Alberto de Padua Covas, Siqueira, Sheila Aparecida Coelho, Pereira, Juliana
FONTE
Sao Paulo Med. J.
DATA DE PUBLICAÇÃO
18/07/2016
RESUMO
RESUMO CONTEXTO: Linfoma esplênico difuso da polpa vermelha, de linfócitos B pequenos, é uma doença rara, representando menos do que 1% de todos os linfomas não Hodgkin. Essa entidade é caracterizada por envolvimento de sinusoides da medula óssea e sangue periférico. A maioria dos casos está em estádio avançado ao diagnóstico. Sua patogênese ainda é pouco compreendida. RELATOS DE CASOS: Reportamos dois pacientes com vírus da hepatite B (HBV) crônica não replicante que desenvolveram linfoma esplênico difuso da polpa vermelha, de linfócitos B pequenos. Ambos estavam em estádio IV ao diagnóstico e evoluíram com doença agressiva. Ambos alcançaram resposta completa com a quimioterapia, porém um deles evoluiu a óbito por intercorrências infecciosas durante o transplante de medula óssea e o outro optou por não realizar o transplante e encontra-se sem evidência de doença até os dias atuais (três anos após tratamento). Alguns estudos demonstraram a possível associação entre linfomas não Hodgkin B e HBV. Entretanto, o mecanismo pelo qual esse vírus oncogênico interage com linfoma não Hodgkin B ainda é pouco compreendido. HBV é linfotrópico e pode se inserir no genoma do receptor, causando superexpressão de oncogenes e downregulation de genes supressores tumorais. Portanto, o estímulo crônico pelo HBV pode aumentar a proliferação de células B, promovendo expansão monoclonal dessas células, resultando em malignidade. CONCLUSÃO: HBV pode estar implicado na patogênese desse linfoma, entretanto, uma associação direta entre essas duas entidades não pôde ser provada no presente estudo e investigações adicionais são necessárias.
ASSUNTO(S)
linfoma linfoma não hodgkin linfoma de células b hepatite b vírus da hepatite b
Documentos Relacionados
- Importância da cintilografia com gálio-67 no linfoma cutâneo primário de células B: relato de dois casos
- Monoterapia com rituximab no linfoma da zona marginal esplênico com linfócitos vilosos: relato de dois casos de pacientes com controle prolongado da doença depois de recidiva após esplenectomia
- Linfoma cutâneo de células B: relato de caso
- Linfoma intra-ocular primário de células tipo B: relato de caso
- Linfoma do colo uterino: relato de dois casos e revisão da literatura