Linfoma esplênico difuso da polpa vermelha, de linfócitos B pequenos, associado ao vírus da hepatite B: relato de dois casos

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/07/2016

RESUMO

RESUMO CONTEXTO: Linfoma esplênico difuso da polpa vermelha, de linfócitos B pequenos, é uma doença rara, representando menos do que 1% de todos os linfomas não Hodgkin. Essa entidade é caracterizada por envolvimento de sinusoides da medula óssea e sangue periférico. A maioria dos casos está em estádio avançado ao diagnóstico. Sua patogênese ainda é pouco compreendida. RELATOS DE CASOS: Reportamos dois pacientes com vírus da hepatite B (HBV) crônica não replicante que desenvolveram linfoma esplênico difuso da polpa vermelha, de linfócitos B pequenos. Ambos estavam em estádio IV ao diagnóstico e evoluíram com doença agressiva. Ambos alcançaram resposta completa com a quimioterapia, porém um deles evoluiu a óbito por intercorrências infecciosas durante o transplante de medula óssea e o outro optou por não realizar o transplante e encontra-se sem evidência de doença até os dias atuais (três anos após tratamento). Alguns estudos demonstraram a possível associação entre linfomas não Hodgkin B e HBV. Entretanto, o mecanismo pelo qual esse vírus oncogênico interage com linfoma não Hodgkin B ainda é pouco compreendido. HBV é linfotrópico e pode se inserir no genoma do receptor, causando superexpressão de oncogenes e downregulation de genes supressores tumorais. Portanto, o estímulo crônico pelo HBV pode aumentar a proliferação de células B, promovendo expansão monoclonal dessas células, resultando em malignidade. CONCLUSÃO: HBV pode estar implicado na patogênese desse linfoma, entretanto, uma associação direta entre essas duas entidades não pôde ser provada no presente estudo e investigações adicionais são necessárias.

ASSUNTO(S)

linfoma linfoma não hodgkin linfoma de células b hepatite b vírus da hepatite b

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