Linfoma canino: clínica, hematologia e tratamento com o protocolo de Madison-Wisconsin
AUTOR(ES)
Cápua, Maria Luisa Buffo de, Coleta, Flávia Eiras Dela, Canesin, Ana Paula Massae Nakage, Godoy, Aline Vieira, Calazans, Sabryna Gouveia, Miotto, Mariana Rodrigues, Daleck, Carlos Roberto, Santana, Aureo Evangelista
FONTE
Ciência Rural
DATA DE PUBLICAÇÃO
15/07/2011
RESUMO
O linfoma é uma neoplasia de elevada incidência na população canina mundial, e que apresenta sinais clínicos diversos, dependentes da classificação anatômica e da extensão da doença. Este estudo objetivou avaliar as características clínicas e hematológicas de cães com linfoma no momento do diagnóstico, além da evolução clínica dos mesmos ao longo do tratamento com o protocolo de Madison-Wisconsin. Dos 18 cães inseridos no estudo, 50% apresentaram a forma multicêntrica da doença e 33% a forma cutânea. A manifestação clínica mais comum foi a linfadenomegalia superficial, acompanhada dos sinais sistêmicos de hiporexia, apatia e perda de peso. As principais alterações hematólogicas foram anemia normocítica normocrômica, trombocitopenia e leucocitose, associadas às síndromes paraneoplásicas. Vinte e sete por cento dos animais atingiram remissão completa da doença e apenas 22% atingiram sobrevida de um ano. Houve correlação positiva entre o valor do hematócrito e o tempo de sobrevida para os cães que morreram, demonstrando a influência da anemia no prognóstico dos animais. Sugere-se que o estágio avançado da doença no momento do diagnóstico tenha influenciado as baixas taxas de remissão e sobrevida obtidas neste estudo.
ASSUNTO(S)
cão hemograma quimioterapia linfoma