Linfocintigrafia e biópsia de linfonodos-sentinela, com uso isolado de radiofármaco em dose única, no melanoma cutâneo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Desde 1992, a biópsia do linfonodo-sentinela passou a ser aplicada em melanoma cutâneo, em alguns tumores com alto potencial metastático e no câncer de mama. A linfocintigrafia prévia passou a ser obrigatória, para identificar os linfonodos-sentinela a serem biopsiados. A quase totalidade dos autores associou o emprego de corante vital, especialmente azul patente e azul de isossulfan, ao uso do traçador radioativo e da sonda de deteção de raios gama, no transoperatório. Volumosa literatura mostrou reações adversas com uso de corantes vitais. Entre dezembro de 1999 a março de 2006, foram submetidos à biópsia de linfonodos-sentinela 50 casos de melanoma cutâneo, estádios 1 e 2 do American Joint Committee on Cancer localizados no tronco, membros, cabeça e pescoço. Com uso de fitato de sódio marcado com tecnécio de número 99 de massa atômica, foram mapeados no pré-operatório 56 territórios linfáticos. As biópsias de linfonodos-sentinela foram realizadas sob anestesia local, regional ou geral, no mesmo tempo cirúrgico da ressecção alargada do sítio da lesão primária. Em todos pacientes, foram encontrados um ou mais linfonodossentinela, com emprego exclusivo de radiofármaco, sem uso de corante vital. Com auxílio transoperatório da sonda de detecção de raios gama, todos os linfonodossentinela, mapeados pela linfocintigrafia, foram submetidos à biópsia. O método apresentou uma sensibilidade de cem por cento, tendo sido encontrados linfonodossentinela em todos os pacietes. Nas 56 bacias linfáticas estudadas, correspondentes a 50 pacientes, houve 44 com linfonodos-sentinela negativos. Treze pacientes apresentaram linfonodos-sentinela positivos. Num caso, somente havia metástase no linfonodo-sentinela intervalar. Trinta e sete pacientes com linfonodos-sentinela negativos, compreendendo 44 territórios linfáticos, que não foram submetidos à linfadenectomia regional radical, permaneceram clinicamente sem metástases, pelo prazo de proservação de dez a 72 meses, com média de 36,86 meses, exceto num paciente que, onze meses após biópsia de linfonodo-sentinela na axila, apresentou acometido linfonodo supraclavicular. Esse mesmo paciente, com 18 meses de pósoperatório, além de metástases viscerais, apresentou recorrência na axila, que havia sido biopsiada. O método apresentou uma especificidade de noventa e oito por cento, havendo o mencionado caso de falso-negativo. Um paciente apresentou reação alérgica mínima ao radiofármaco, no local da injeção, com prurido, exantema e ulceração de três milímetros, tendo sua operação sido adiada por 15 dias, necessitando segunda dose de radiotraçador. Nos demais 49 pacientes, a biópsia do linfonodo-sentinela foi feita com a mesma dose de radiofármaco utilizada para o mapeamento linfático pré-operatório. O fitato de sódio marcado com tecnécio de número 99 de massa atômica, usado no mapeamento linfático e na bíópsia, se mostrou eficaz em localizar um ou mais linfonodos-sentinela, em todos os casos. As complicações foram escassas e de pequena gravidade. O procedimento se mostrou apropriado para a localização de linfonodos-sentinela intervalares e ectópicos. O índice de resultados falso-negativos foi de dois por cento.

ASSUNTO(S)

linfonodos decs dose única decs biópsia teses. biópsia do linfonodo sentinela decs biópsia decs melanoma decs tese da faculdade de medicina. ufmg cirurgia teses. linfonodos. compostos radiofarmacêuticos decs cintilografia decs dissertações acadêmicas decs

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