Linfadenectomia no adenocarcinoma gástrico

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-08

RESUMO

OBJETIVOS: Realizar uma simulação de linfadenectomia D1 em 57 pacientes submetidos a gastrectomia com linfadenectomia D2 e analisar a migração do estádio na classificação da Associação Japonesa de Câncer Gástrico (JGCA). MÉTODOS: Os pacientes foram submetidos a linfadenectomia D2 entre agosto de 1997 e novembro de 2001 na Faculdade de Medicina da UNISA. Os linfonodos eram dissecados pelo próprio cirurgião, selecionados de acordo com a estação linfonodal. Analisaram-se as variáveis: sexo, idade, comprometimento linfonodal e número de linfonodos dissecados. RESULTADOS: Após a simulação de linfadenectomia D1 realizou-se novo estadiamento para estudar a migração na classificação da JGCA. Os tumores precoces corresponderam a 19,3% dos casos e os avançados a 80,7%. Linfonodos positivos em N1 e N2 em 43,9% dos pacientes. A média de linfonodos dissecados foi de 28,63 por paciente. Nos tumores IA, IB e II não houve mudança no estádio após a simulação D1. Nos tumores IIIA, de dez pacientes, três migraram para estádios II e IB; nos IIIB, houve migração de 18 em 21; e, no estádio IV, todos migraram para IIIB. CONCLUSÃO: Linfadenectomia D2 é importante para o estadiamento mais apurado do câncer gástrico, principalmente nos tumores avançados. A simulação de linfadenectomia D1 alterou o estádio dos tumores avançados sendo que os estádios que mais sofreram migração na classificação da JGCA foram o IIIA, IIIB e IV. A linfadenectomia D2 evitou a presença de doença residual nos linfonodos após a cirurgia em quase metade dos pacientes.

ASSUNTO(S)

excisão de linfonodo adenocarcinoma neoplasias gástricas gastrectomia

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