Limitações para a emergência e o estabeleciemento de plântulas : remoção de sementes e microclima
AUTOR(ES)
Roberta Thays dos Santos Cury
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
16/04/2009
RESUMO
Plantações florestais podem quebrar algumas barreiras, iniciar a sucessão secundária e facilitar a regeneração natural da vegetação nativa, levando a um aumento da complexidade estrutural do habitat. O objetivo deste trabalho foi investigar as limitações, pós-dispersão, à regeneração em reflorestamentos. Para tanto, foram implantados experimentos introduzindo sementes e plântulas de espécies arbóreas nativas em reflorestamentos, utilizando como controle um fragmento florestal adjacente. Além das informações sobre o desempenho dos propágulos, foram avaliados a fertilidade do solo, a cobertura florestal e o microclima. A remoção de sementes foi maior no fragmento florestal (56%) do que no reflorestamento (16%) (Kruskal-Wallis, p<0,0001). A emergência de plântulas, considerando-se todas as espécies, foi maior no fragmento florestal (37%) do que no reflorestamento (12%) (ANOVA, p<0,05). A mortalidade total de plântulas (transplantadas) foi maior nos fragmentos florestais (52,8%) do que nos reflorestamentos (9,4%) (Kruskal-Wallis, p<0,001), sendo que nos reflorestamentos, as mudas apresentaram melhor desenvolvimento em altura, diâmetro na base do caule e ganho foliar. Os reflorestamentos, no inverno e no verão, apresentaram menores valores de cobertura de dossel e umidade do ar, em contrapartida, a radiação fotossinteticamente ativa e a temperatura do ar foram mais elevadas. Os resultados desses experimentos sugerem que nos fragmentos florestais outros fatores influenciam conjuntamente com o microclima e a estrutura florestal na sobrevivência das mudas (e. g. patógenos e herbivoria). A germinação de sementes, em reflorestamentos de poucos anos, inferida por meio da avaliação da emergência de plântulas, pode ser uma barreira ao recrutamento e à regeneração, uma vez que limitações associadas com a remoção de sementes (predação e/ou dispersão secundária) e ao estabelecimento de plântulas no reflorestamento foram descartadas. Nesse estudo, sugerimos que o microclima desponta como a principal explicação para as diferenças observadas na germinação entre o reflorestamento e o fragmento florestal.
ASSUNTO(S)
botânica - embriologia reforestation regeneration (biology) reflorestamento regeneração (botânica) sementes - disseminação microclimatologia florestal
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000157694Documentos Relacionados
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