Ligadura da veia porta associada à transecção para hepatectomia em dois estágios (ALPPS): uma nova abordagem nas ressecções hepáticas
AUTOR(ES)
Torres, Orlando Jorge Martins, Moraes-Junior, José Maria Assunção, Lima, Nádia Caroline Lima e, Moraes, Anmara Moura
FONTE
ABCD, arq. bras. cir. dig.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
RACIONAL: Insuficiência hepática pós-operatória devido a remanescente hepático pequeno tem sido complicação temida em pacientes que são submetidos à ressecção hepática extensa. A associação da transecção hepática e ligadura da veia porta para hepatectomia estagiada (ALPPS) é uma nova abordagem para pacientes em que o tumor é previamente considerado irressecável. OBJETIVO: Apresentar a técnica ALPPS como procedimento novo de hepatectomia em dois estágios com ligadura da veia porta e transecção hepática mantendo o fígado in situ para o tratamento de pacientes com tumores primários ou metastáticos marginalmente ressecáveis. TÉCNICA: O procedimento é realizado em dois tempos. O primeiro consiste na ligadura do ramo direito da veia porta. Em seguida é realizada a transecção total ou quase total do parênquima hepático acompanhando o ligamento falciforme, incluindo a veia hepática média. Um saco plástico é utilizado para recobrir o fígado que será retirado; o abdome é drenado e realizada a síntese da parede por planos. O segundo tempo é feito após seis a 12 dias de intervalo com realização de tomografia computadorizada de abdome. Na laparotomia o saco plástico é removido. Os ramos direito da artéria hepática, ducto hepático e veia hepática são ligados e o lobo hepático direito é removido. Um dreno é posicionado na superfície de ressecção e a síntese da parede abdominal é realizada. CONCLUSÃO: ALPPS permite ressecção curativa de lesões hepáticas em pacientes com doença considerada previamente irressecável.
ASSUNTO(S)
hepatectomia metástase técnica
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