Lições aprendidas pelo programa de vigilância epidemiológica, durante a epidemia pelo vírus da influenza A (H1N1), em um hospital universitário na região sudeste do Brasil
AUTOR(ES)
Moretti, Maria Luiza, Sinkoc, Verônica, Cardoso, Luis Gustavo de Oliveira, Camargo, Gema Jesus de, Bachur, Luis Felipe, Hofling, Christian Cruz, Angerami, Rodrigo, Trabasso, Plínio, Garcia, Márcia Teixeira, Resende, Mariângela Ribeiro
FONTE
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
22/07/2011
RESUMO
INTRODUÇÃO: A definição de síndrome gripal é uma ferramenta epidemiológica importante durante epidemias de influenza. MÉTODOS: Foi conduzido estudo de coorte prospectivo para avaliar o impacto das definições de síndrome gripal (SG) e doença respiratória aguda grave (DRAG) como ferramenta de vigilância epidemiológica, em adultos e crianças, durante a epidemia de influenza A H1N1. Os pacientes foram incluídos se tivessem coleta de secreção respiratória alta testada por PCR real time para o vírus da influenza. Os dados clínicos e epidemiológicos foram estudados comparando-se dois períodos: período 1: SG (tosse + temperatura ≤ 38ºC), e período 2: DRAG (tosse + temperatura ≤ 38 e dispnéia). RESULTADOS: Foram incluídos 366 adultos e 147 crianças, em um total de 243 casos de SG e 270 DRAG. A confirmação laboratorial de influenza em adultos (50%) foi significativamente maior do que em crianças (21,6%) (p < 0,0001) e a definição de SG foi mais confirmatória de infecção por influenza (53%) do que DRAG (24,4%) (p < 0,0001). Adultos referiam mais calafrios e mialgias do que as crianças (p = 0,0001). Oseltamivir foi prescrito, respectivamente, em 58% e 46% dos adultos e crianças com influenza A H1N1. A letalidade por influenza A H1N1 foi de 7% em adultos e 8,3% em crianças. CONCLUSÕES: A mudança de definição do critério de vigilância epidemiologia de SG para DRAG resultou em redução significativa da acurácia do diagnóstico de influenza e não contribuiu para melhor indicação do antiviral como também para a sua prescrição no tempo apropriado.
ASSUNTO(S)
influenza sazonal influenza a h1n1 vigilância epidemiológica síndrome gripal síndrome respiratória aguda
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