Liberdade prisioneira: a narrativa do silêncio e da memória em Les corps perdus de François Gantheret

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/07/2012

RESUMO

O objetivo deste trabalho é estudar a obra do psicanalista francês, François Gantheret, denominada Les corps perdus, publicada em 2004. Tal narrativa reconstrói a trajetória de Andrès, um prisioneiro político no meio do deserto, torturado durante anos em um poço em condições subumanas e quase animalescas de sobrevivência. Posteriormente, Andrès consegue fugir da prisão e recebe a ajuda de Tamia, que o auxilia a recuperar-se para retomar sua vida. Entretanto, o protagonista vive, por meio de suas memórias, uma espécie de liberdade-prisioneira, provocada pelas cicatrizes de suas lembranças no presente e que não deixam de atormentá-lo até o final da obra. Nessa perspectiva, a personagem principal não consegue criar um lugar para si, restando-lhe a incógnita de sua identidade que continua a abalá-lo, tornando-o, conforme o título já antecipa, um corpo perdido a quem não resta mais esperanças de mudança de sua condição, o que culmina, em sua morte alegórica. Assim, analisa-se nesta Dissertação o motivo pelo qual as personagens são corps perdus, a importância da memória como determinante da identidade e, ainda, o discurso do silêncio que pode ser interpretado, também, por intermédio das condições de violência a que Andrès foi submetido.

ASSUNTO(S)

les corps perdus françois gantheret corpo memória discurso do silêncio teoria literaria literatura literatura francesa - história e crítica gantheret, françois - crítica e interpretação gantheret, françois - les corps perdus memoire discours du silence

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