Levantamento da velocidade prolongada de peixes: um estudo de caso com o Mandi (Pimelodus maculatus)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O presente trabalho apresenta um exemplo de levantamento de capacidade natatória de peixes neotropicais, realizado através de um estudo de caso com o mandi (Pimelodus maculatus, Lacepède, 1803) para o qual foram realizados dois tipos de testes de capacidade natatória. Os ensaios de velocidade prolongada (velocidade fixa) e prolongada crítica (velocidade variável, Brett 1964) permitirão o incremento constante do conhecimento das características de nado de nossa ictiofauna, visando a contínua melhoria dos parâmetros construtivos dos Mecanismos de Transposição de peixes implantados ou a implantar. Para o desenvolvimento desse trabalho utilizou-se um aparato experimental constituído basicamente por um túnel hidrodinâmico horizontal, operado pela ação de duas bombas centrífugas, no interior do qual o peixe era introduzido e confinado numa seção de teste feita em acrílico. Foram realizadas adaptações neste aparato, visando melhoria da medição de vazão, do controle do funcionamento hidráulico e da variação térmica. Assim, para obtenção de uma curva de velocidades que pudesse ser comparada com as dos peixes de clima temperado, foram realizados testes de determinação das velocidades prolongada e prolongada crítica do Pimelodus maculatus, espécie de peixe abundante nos rios do sudeste brasileiro. As velocidades levantadas foram obtidas por meio de medições indiretas, isto é, da aferição da velocidade do escoamento no qual o peixe nadava, tendo sido utilizado um medidor de vazão do tipo eletromagnético. O procedimento de teste de velocidade prolongada crítica consiste na aceleração contínua e periódica do escoamento até que o peixe entre em fadiga, verificando-se a velocidade máxima resistida pelo mesmo. O teste de velocidade prolongada consta de uma fase de adaptação ao fluxo, levando a velocidade até o patamar desejado. Desse ponto em diante anotava-se o tempo de fadiga, até o limite de 200 minutos àquela velocidade. Durante os ensaios sempre foi prática constante analisar o comportamento do exemplar no aparato e levantar características físicas do mesmo, bem como as do meio (temperatura, OD, pH e pressão). De posse desses resultados foram feitas regressões múltiplas para verificar as relações das variáveis envolvidas no processo, traçando em seguida a curva de velocidades. Posteriormente confrontou-se tais relações com as encontradas na bibliografia pesquisada, objetivando a comparação das curvas.

ASSUNTO(S)

engenharia sanitária teses. pimelodus maculatus velocidade. teses. peixe. velocidade nova york periódicos teses. recursos hídricos desenvolvimento. teses. engenharia hidraulica teses. engenharia ambiental teses.

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