Levanta mulher e corre a roda: dança, estética e diversidade no samba de roda de São Félix e Cachoeira.
AUTOR(ES)
Daniela Maria Amoroso
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Essa tese trata do samba de roda de roda de duas cidades do recôncavo baiano, São Félix e Cachoeira. Essas duas cidades estiveram historicamente envolvidas nos processos de colonização e independência da Bahia e, dessa forma, incluídas no mapa das encruzilhadas da diáspora africana. Entende-se que as relações da diáspora africana no Brasil, em especial no recôncavo, incluem o samba de roda no rol das formas de expressão da cultura do Atlântico negro. E, argumenta-se, que o elemento perceptível do parentesco entre essas formas se dá na estética. Os conceitos-chave utilizados para fortalecer esse argumento são: matriz estética, modernidade, encruzilhada e estética diaspórica. A metodologia de pesquisa utilizada se baseia nos métodos propostos pela etnocenologia. Entende-se que a imersão nas cidades foi fator condicionante da escolha e determinação do sujeito de pesquisa e da contextualização do eu pesquisador no ambiente cultural do samba de roda. Elegeu-se, a partir da pesquisa in lócus, dois grupos de samba de roda, o Filhos de Nagô e o Suerdieck, de São Félix e de Cachoeira, respectivamente. A contextualização do objeto, a imersão no campo de pesquisa e a prática corporal constituíram, dessa forma, a estratégia metodológica para a compreensão sensível do samba de roda. Entende-se que a compreensão da estética do samba de roda se dá através da experiência prática e através do corpo que dança, toca, canta, se alimenta e transforma. Ele, o corpo, é o local da memória, da ancestralidade, da síncopa, da oralidade e do movimento.
ASSUNTO(S)
dança etnocenologia samba de roda teatro estética
ACESSO AO ARTIGO
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