Lesões cervicais não cariosas: prevalência, severidade e correlação com fatores etiológicos
AUTOR(ES)
Fernanda Martins Leão e Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
Este estudo teve por objetivo identificar a presença e a severidade de lesões cervicais não cariosas (LCNCs) e correlacioná-las à ocorrência de contatos dentários prematuros e aos fatores de risco envolvidos em seu desenvolvimento. Foram avaliados 66 pacientes da Universidade Federal de Ubrelândia, de ambos os gêneros, com idade de 15 a 70 anos, envolvendo 1.863 dentes, os quais foram avaliados por dois examinadores, de acordo com critérios para identificação de LCNCs, facetas de desgaste e prematuridades oclusais. Os indivíduos responderam ao questionário com perguntas referentes à idade, gênero, problemas gastrointestinais, uso de medicação, hipersensibilidade dentinária, dieta e hábitos parafuncionais. A avaliação das facetas de desgaste realizou-se por meio de inspeção visual clínica das faces oclusais e incisais dos dentes. Na identificação de lesões cervicais, as faces vestibulares e linguais ou palatinas dos dentes foram examinadas com sonda periodontal posicionada paralelamente ao longo eixo do dente. Os dentes com LCNC foram avaliados quanto à severidade, utilizando-se o Índice de Desgaste Dental (IDD) e, posteriormente, foram examinados com relação à oclusão em relação cêntrica (RC), máxima intercuspidação habitual (MIH) e nos movimentos excursivos. Dois terços dos indivíduos apresentaram o total de 273 lesões cervicais. Quanto à distribuição de lesões por grupo de dentes, apresentaram maior freqüência os pré-molares, seguidos pelos molares e menor freqüência os incisivos e caninos. A mesma tendência foi observada para as facetas de desgaste. Houve correlação positiva entre a presença de LCNCs e os contatos oclusais parafuncionais. Para os dados obtidos com o questionário, o teste Qui-Quadrado (α=0,05) demonstrou diferença entre os indivíduos com e sem lesão para idade, hábito parafuncional e sensibilidade dentinária. O IDD mais freqüente foi o que apresentava lesões menores que 1 mm. Ao analisar os fatores de risco envolvidos nas lesões cervicais não cariosas, sugere-se as prematuridades oclusais e os hábitos parafuncionais como os agentes etiológicos com maior potencial para desenvolvê-las.
ASSUNTO(S)
abfração força oclusal dentes - ferimentos e lesões lesões cervicais não cariosas odontologia
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=912Documentos Relacionados
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